A ONU emitiu um alerta sobre os impactos da agricultura intensiva e do desmatamento, que colocam o planeta em risco iminente de degradação ambiental. No início da COP16, que ocorreu na Arábia Saudita, a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (CNULCD) destacou a necessidade urgente de restaurar 1,5 bilhão de hectares de terras até o final da década.
O novo relatório da CNULCD aponta que a agricultura é responsável por 23% das emissões de gases de efeito estufa, 80% do desmatamento e 70% do uso de água doce. A expansão das terras agrícolas, embora possa aumentar a produção de alimentos a curto prazo, ameaça a biodiversidade e a segurança alimentar a longo prazo.
Limites planetários e degradação
Baseado em 350 fontes de pesquisa, o relatório adverte que seis dos nove limites planetários já foram ultrapassados, incluindo mudanças climáticas e perda de biodiversidade. A degradação das terras cresce a uma taxa de 1 milhão de quilômetros quadrados por ano, equivalente à área da Bolívia.
Propostas de soluções
O relatório sugere reorganizar subsídios agrícolas, combater a corrupção e melhorar a gestão dos recursos hídricos como medidas para mitigar os danos. Redirecionar subsídios para práticas agrícolas sustentáveis é visto como um passo muito importante para evitar a degradação contínua.
Com informações de Carta Capital