Encontro
Antonio Stanziani, Fernanda Montebrune, Ricardo Voltolini, Tatiana Correira. Foto: Divulgação

“Difícil é ensinar sustentabilidade com métodos técnicos e em disciplinas separadas, fato que ocorre dentro dos cursos acadêmicos e de especializações. De que forma vou falar deste tema sem falar de valores contemporâneos e sociologia?”, questiona Ricardo Voltolini, jornalista e especialista em responsabilidade socioambiental corporativa, durante a abertura da 3ª FIBoPS (Feira Internacional para a Intercâmbio das Boas Práticas Socioambientais) Técnica 2014 realizado ontem na Universidade Anhembi Morumbi, campus Paulista.

O encontro de profissionais liderados por Marilena Lavorato, presidente do Instituto Mais, idealizadora do Programa Benchmarking Brasil, o qual premia ações socioambientais de empresas e organizações, reuniu outros especialistas como Antonio Fernando Stanziani, Consultor e Professor universitário de ética, além de representantes de projetos ambientais das empresas Gerdau, siderúrgica, e Diageo, distribuidora mundial de bebidas.

O objetivo do evento foi exibir o cenário socioambiental brasileiro e alertar ao público os rumos que o discurso ambientalista toma no dia a dia e as formas de se educar a sociedade para a preservação ambiental.

Se quisermos colocar em prática a sustentabilidade, precisamos incluí-la na função da cidadania, ou seja, fazer a sociedade repensar seus hábitos de consumo e a forma como isso interfere na cadeia produtiva dos alimentos e recursos naturais”, relata Antonio Fernando Stanziani.

Para Voltolini, a solução para unir a educação ao tema pode ter dois caminhos: a aprendizagem orientada, que consiste em desaprender comportamentos que prejudiquem o meio ambiente, e a aprendizagem centrada em questões, a qual busca intensificar uma linha de estudo de um único problema a fim de encontrar uma alternativa fundamentada e que possa trazer mudanças nas práticas dos cidadãos e das empresas.

Fernando Stanziani
Fernando Stanziani. Foto: Divulgação

De acordo com Stanziani “se quisermos colocar em prática a sustentabilidade, precisamos incluí-la na função da cidadania, ou seja, fazer a sociedade repensar seus hábitos de consumo e a forma como isso interfere na cadeia produtiva dos alimentos e recursos naturais”.

O próximo encontro técnico programado para setembro falará sobre as alternativas de mobilidade urbana com redução de níveis de carbono e de outros impactos na natureza.