Já há alguns meses, pesquisadores do Observatório de Aves, formado pelo Instituto Butatan e pela Sociedade das Aves do Brasil (SAVE Brasil), têm focado suas atividades na elaboração de planos de conservação de espécies raras ou (praticamente) extintas que pertencem ao Cerrado.
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Neste último mês, dia 21, o grupo teve seus esforços recompensados com a descoberta da espécie rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis), considerada extinta há 75 anos (quando foi observada pela última vez) e que pertence exclusivamente ao Cerrado. Para os pesquisadores, reencontrar a espécie, tida como uma das “aves mais raras do mundo”, é mais um motivo para reforçar todo trabalhado desempenhado com objetivo de conservar toda região do bioma.
De acordo com os cientistas, redescobrir a espécie rolinha-do-planalto após décadas evidencia a importância do licenciamento ambiental (processo que analisa os impactos socioambientais de um empreendimento para avaliar se a obra é viável ou não) e que pode deixar de ser obrigatório, caso o Senado aprove a Proposta de Emenda à Constituição 65/2012 que está em tramitação.
Até o momento, 12 exemplares da espécie foram encontrados. A organização Observatório de Aves corre agora para tornar o local de habitat dos animais como área de preservação, e não divulgará a área em que vivem as aves até que todo o plano de conservação seja concluído.
“Até o momento visitamos diversas áreas em três estados, mas a espécie só foi localizada em dois locais muito próximos, ambos no estado de Minas Gerais, o que reforça a necessidade de medidas urgentes para garantir a sua sobrevivência”, fala o ornitólogo Wagner Nogueira, participante das atividades do grupo ao site da revista Viaje Aqui.