Desde o início do século 20 os rinocerontes são alvos dos caçadores. Hoje a espécie enfrenta o grande perigo de simplesmente desaparecer da Terra. Entre as causas da extinção dos animais está a caça desenfreada, a perda de habitat pelo desmatamento ou assentamentos humanos que invadem seu ambiente e a crendice, muito popular no Oriente, de que o pó de seus chifres teria propriedades medicinais.
A África do Sul abriga cerca de três quartos da população de rinocerontes do mundo, que chega a um total de 28 mil animais. Porém, em 2012, 668 rinocerontes foram mortos para a extração dos chifres, um número recorde que representa um aumento de 50% em relação a 2011. A maioria das mortes aconteceu no Parque Nacional Kruger, a maior reserva de vida selvagem do país.
O governo da África do Sul tentou combater o aumento das mortes de rinocerontes usando soldados e aeronaves para vigilância, porém a medida não surtiu efeito. E neste ano, segundo a Fundação Internacional do Rinoceronte (IRF), já foram registradas 827 mortes de rinocerontes brancos e negros no local.
Representantes da organização se reuniram com líderes da conservação em todo mundo para discutir novas estratégias para sair desta crise, já que hoje, as cinco espécies de rinocerontes existentes no mundo (javanês, negro, indiano, branco e de Sumatra) enfrentam algum tipo de ameaça. A maior delas, sem dúvidas, é impulsionada pelo lucrativo tráfico criminoso, sendo os Estados Unidos um dos maiores pontos de distribuição para o sudeste Asiático.
Só para se ter uma noção, o quilo de chifre pode ser vendido por até US$ 65 mil no mercado negro. E esta situação se agrava ainda mais porque em países como China e Vietnã, o chifre é considerado um poderoso remédio, sendo indicado para doenças que vai desde febres infantis e artrite a envenenamento e câncer, porém não há estudos científicos que comprovem a eficácia.