A fauna brasileira é extremamente rica e variada, assim como são os nossos ecossistemas naturais. Mas a destruição desses ambientes, dentre outros fatores, têm se transformado em ameaças graves e capazes de deixar em perigo perene a existência de centenas de espécies. Estes animais ameaçados formam o Livro Vermelho da Fauna Brasileira. Ao todo, pelo menos 627 espécies de animais fazem parte da lista.
A publicação, produzida pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com a Fundação Biodiversitas, tem como objetivo principal promover a consciência de outros órgãos públicos e, também, de entidades não governamentais de preservação ambiental e dos direitos dos animais, além de servir de subsídio a pesquisadores. O Livro conta com dois volumes e 1.400 páginas.
A última versão foi produzida em 2008. Nela estão animais como a arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus), a ararajuba (Guaruba guarouba) e a onça pintada (Panthera onca). Da primeira lista, criada em de 1989, deixaram de figurar 79 espécies, como o sagui e o lobo-guará. Mas foram acrescentadas outras 479, como a baleia azul, o tubarão-baleia e a jararaca.
A ação humana é a maior ameaça aos animais presentes no Livro. E ela se dá na forma de destruição de seus habitats, principalmente por meio de queimadas, retirada de vegetação, exploração madeireira, substituição de campos por pastagens e construção de hidrelétricas. Outros fatores que colaboram para a extinção das espécies de nossa fauna são a introdução de espécies exóticas invasoras, a caça e pesca predatórias, a poluição de mares e rios e o comércio ilegal de espécies.