O elefante africano, maior mamífero terrestre do planeta, está em vias de extinção devido ao aumento do comércio de marfim. De acordo com um estudo de 2013 da Universidade de Washington, o número de animais mortos em 2012 chega a 30 mil, ou cerca de um oitavo da população continental remanescente.
Desde 1989, o comércio internacional de marfim está proibido pela Convenção do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas, uma vez que a caçada de elefantes compromete a biodiversidade e ameaça o turismo, a sobrevivência das pessoas e a estabilidade de muitos países.
Entretanto, a China é responsável pelo entalhe e pelo comércio da maior parte dos objetos vendidos no mundo. Devido a uma forte demanda, fomentada pelo aumento de renda na Ásia e pelos costumes culturais, o preço do marfim está muito elevado, e cada vez mais pessoas entram no negócio. Cada presa do elefante pode pesar até 100 Kg.
Em dezembro de 2012, o quilo do marfim bruto na Bacia do Congo valia 300 dólares (R$ 590) e na China 2.900 dólares (R$ 5.700). Um pequeno pingente era vendido por cerca de 800 dólares (R$ 1.570) em lojas chinesas.
Os cidadãos chineses não possuem informações claras sobre o massacre dos elefantes. Muitos acreditam que as presas caem naturalmente ou que vêm de elefantes que morreram naturalmente. Mas 90% do marfim no mercado vem de elefantes mortos ilegalmente.
O governo chinês está sendo pressionado a tomar as atitudes necessárias, proibindo o entalhe e o comércio de marfim, porém, cresce também o comercio online. Um exemplo é o site japonês da Rakuten Ichiba, uma espécie de Amazon local, que oferece produtos que podem custar até U$ 28.000.