De acordo com um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), no dia 10 deste mês, o planeta está passando por um grande processo de “aniquilação biológica” de animais. Na verdade, o fenômeno está sendo descrito pelos cientistas como a sexta extinção em massa de espécies.
Para chegar a essa conclusão, a equipe formada por profissionais da Universidade de Stanford e da Universidade Nacional Autônoma do México, observou uma mostra de 27,6 vertebrados terrestres e fez uma análise comparativa de 177 espécies de mamíferos que sofreram com grande perda populacional no período entre 1900 e 2015.
Com o resultado da análise, os especialistas puderam descobrir que até mesmo alguns animais que não tinham grande nível de preocupação estavam presentes entre as populações de espécies afetadas.
Segundo o estudo revelou, um terço (8.851) das espécies observadas tiveram declínio populacional expressivo, além da diminuição de distribuição geográfica. Esse número preocupa ainda mais quando se sabe que essa quantidade de animais representa quase metade das espécies de vertebrados catalogados no mundo todo.
“Nas últimas décadas, a perda de habitat, a superexploração de recursos, os organismos invasivos, a poluição, o uso de toxinas e, mais recentemente, as mudanças climáticas, bem como as interações entre esses fatores, levaram ao declínio catastrófico nos números e nos tamanhos das populações de espécies de vertebrados tanto comuns como raros”, explicaram os cientistas no documento.
“Diversas espécies de mamíferos que estavam relativamente seguras há uma ou duas décadas estão agora em perigo”, explanam os pesquisadores em outro trecho. Vale ressaltar ainda que o estudo destaca uma série de problemas ambientais globais causados pela humanidade aos animais, e que pode, inclusive, impactar de maneira incisiva no futuro da vida humana.
Ainda sobre o processo de extinção em massa, importante destacar que em outras cinco oportunidades nos últimos 500 milhões de ano, o fenômeno foi observado pela comunidade científica, sendo estes os responsáveis pelo desaparecimento de 75% das espécies que já existiram no planeta.