As girafas foram alvo de entretenimento em uma charada que tomou grande proporção no Facebook na semana passada. Elas nunca foram tão comentadas quanto agora, mas a realidade delas fora da rede não é das mais divertidas. Em um período de 14 anos, sua população diminuiu quase a metade, aproximadamente 43 %, de acordo com pesquisadores de diversos países, reunidos em agosto, em Nayrobi (Quênia), para debater a questão e encontrar soluções.
De acordo com informações do jornal Daily Nation, o presidente da Fundação para a Conservação das Girafas, Julian Fennessy, detalhou que o número de girafas diminuiu de 140 mil para 80 mil entre 1998 e 2012. Toda essa redução tem vários motivos e a invasão humana em seu habitat é a principal delas. Destruição de campo e o intenso trabalho da agricultura expandindo áreas para plantio diminui cada vez mais o espaço disposto pela natureza para o habitat desses bichos.
A girafa – mamífero ruminante de grande porte –, costuma viver em savanas, vegetação em que predominam gramíneas e algumas acácias – árvores altas –, principal fonte de alimento, além das vagens, folhas e frutos. Ao todo, existem nove espécies desses animais espalhadas pelo continente africano. As mais comuns são a girafa nigeriana, vista ao centro e no oeste da África; e a reticulada, encontrada no Quênia. Este é o único país o qual possui ainda três subespécies.
Além da atividade agrícola a qual promove a devastação do território da África subsaariana, as girafas estão ameaçadas pela caça ilegal e pelo leão, um predador natural. Para que esses animais sobrevivam, Jock Melville e Betty Leslie-Melvillee, dois ecologistas americanos, promovem, desde 1979, um trabalho de proteção às girafas rotschild no Centro de Girafas de Langata. No espaço, os animais vivem sob o cuidado de biólogos e ainda podem interagir com os visitantes.
Em 2010, a instituição afirmou que existem aproximadamente 500 girafas dessas no mundo, um número abaixo do estimado pelos organizadores. Justamente por conta do baixo índice e para combater as ameaças de extinção o instituto continua atuando.
Outra alternativa de conservação foi divulgada pelo diretor da companhia de conservação ambiental Kenya Wildlife Service, William Kiprono, quando afirmou que seu país, onde vive o maior número de girafas da África, irá projetar outras estratégias de conservação para o animal. “O Quênia se comprometeu a garantir que suas três subespécies de girafas serão conservadas no presente e no futuro”, disse ao portal G1.
Curiosidades sobre as girafas
Com aproximadamente 5 metros de altura, os 3 metros do total do comprimento dela correspondem apenas ao pescoço. De acordo com Raul Gonzales, diretor da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, as girafas vivem em média até 25 anos, costumam passar 20 horas comendo e apenas 2 horas por dia dormindo.
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