De acordo com a pesquisa realizada pela Sociedade Zoológica de Londres (ZSL) e divulgada pela revista americana “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNSA), o animal terrestre mais rápido do mundo, o guepardo, está correndo um sério risco de entrar em extinção.
Hoje no mundo existem na natureza menos de 7.100 guepardos, sendo que 99% se encontram divididos em seis países da África: Angola, Namíbia, Zimbabwe, Botswana, África do Sul e Moçambique. Na Ásia, os guepardos estão quase extintos, restando apenas 50 espécimes em um local isolado no Irã.
No início do século 20 foi registrado na natureza aproximadamente 100 mil felinos, de acordo com a organização de defesa do meio ambiente Wildlife Conservation Society, localizada em Nova York, Estados Unidos.
Como muitos outros animais, os guepardos estão perdendo espaço na natureza devido ao crescente desmatamento, à conversão de áreas dedicadas à agricultura e pecuária e à caça ilegal. Por isso, a ZSL pediu, em um comunicado oficial, que será preciso tomar medidas urgentes para evitar a extinção desse felino. A Dra. Sarah Durant, líder do estudo explicou no comunicado: “Nossas conclusões são que a espécie é muito mais vulnerável e propensa à extinção do que pensávamos antes.”
Sarah disse ainda que alguns desses animais já habitam áreas protegidas como parques nacionais, locais muito mais seguros e acessíveis. Porém, durante uma nova avaliação foi descoberto que dois terços da população da espécie vivem fora destas das zonas protegidas.
Desta forma, os autores do estudo estão pedindo para a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) catalogarem os guepardos, uma vez que, até então, eles figuravam apenas como “espécie vulnerável”, na categoria de “espécies em perigo”.