O tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), animal que inspirou a criação do Fuleco (nome que significa “Futebol + Ecologia”), mascote da Copa do Mundo de 2014, deve ganhar um plano nacional de conservação até o final deste ano, é o que anunciou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Divulgado no dia 11 de fevereiro, o projeto será desenvolvido pelo próprio ICMBio, entidade vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Classificado como uma espécie “vulnerável” pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, sigla em inglês), o tatu-bola só ocorre na Caatinga e no Cerrado brasileiro, biomas altamente degradados. “Este projeto é fundamental para reduzirmos o risco iminente de extinção do tatu-bola”, concluiu Rodrigo Castro, secretário-executivo da organização não governamental cearense Associação Caatinga.
Atualmente, existem 44 programas de preservação de espécies sendo implantados pelo ICMBio, que beneficiam 362 tipos de animais dos ecossistemas marinho, Caatinga, Cerrado, Amazônia, Pampa e Pantanal. “Toda espécie ameaçada deve ter um plano de conservação, que visa melhorar seu estado de proteção e, se possível, tirá-la da lista de espécies ameaças”, afirmou o analista ambiental da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, João Arthur Soccal Seyffarth.