Responsável por espalhar sementes de plantas pelas florestas, uma atividade que ajuda a manter a diversidade biológica, o macaco muriqui, o maior primata das Américas, é apontado como um dos principais candidatos à mascote das Olimpíadas de 2016, evento que acontecerá no Rio de Janeiro. Precisando cada vez mais de ações de preservação, as populações desses animais têm sido dizimadas, passando de 400 mil espécimes, em 1.500, para os atuais 3 mil.
De comportamento pacífico, os muriquis, chamados pelos indígenas como “povo manso da floresta”, são habituados a demonstrar afeto realizando demorados abraços entre grupos e dedicando-se a cuidar dos mais jovens de maneira atenciosa. Com braços longos e cauda habilidosa para segurar em galhos, esses bichos são encontrados somente na Mata Atlântica.
Conhecidos como mono-carvoeiros, tais primatas são divididos em duas espécies, o muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus), que ocorre em Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia, e o muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides), característico de São Paulo, Rio de Janeiro e parte do Paraná. No entanto, apesar do temperamento pacifista e de exercer um papel de grande importância ambiental, as raças de muriqui correm risco de desaparecer, segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Preservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês).
Portanto, a nomeação do muriqui como símbolo dos jogos olímpicos daria visibilidade à causa, o que, possivelmente, aumentaria as chances desses carismáticos macacos a continuarem a existir no Brasil. Confira aqui o vídeo da campanha “Muriqui Mascote das Olimpíadas 2016”: