As barragens rompidas no último dia 05, em Linhares, Minas Gerais, causaram prejuízo ambiental incalculável. Considerada o maior desastre ambiental da história, a tragédia compromete o ciclo reprodutivo das tartarugas-gigantes (Dermochelys coriacea), espécie ameaçada de extinção no Brasil e que desova na foz do Rio Doce, na Vila de Regência, Espírito Santo.
A lama que se aproximou da foz do rio contém material repleto de resíduos tóxicos que, além de comprometer o ciclo reprodutivo da espécie, causa graves prejuízos à fauna e à flora do Rio Doce.
Para diminuir tais impactos, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas (Tamar), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), removeu 17 ninhos, com cerca de 840 ovos, e os transferiu para áreas mais seguras, distantes da foz, que serão constantemente monitorados pelo centro.
Abertura da foz
A Boca da Barra, na foz do Rio doce, começou a ser aberta para dar vazão à lama trazida para o Espírito Santo. O local é ponto onde as águas do Rio Doce desaguam no mar. Ação vai permitir que a lama se dilua mais rapidamente.
Tragédia
Duas barragens da mineradora Samarco se romperam no último dia 05, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região central de Minas Gerais. A lama afeta cidades de Minas e Espírito Santo e compromete abastecimento de água de 500 mil pessoas.