Em novembro de 2011, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês) declarou que a subespécie chamada de rinoceronte negro do oeste (Diceros bicornis longipes), encontrada pela última vez em Camarões, foi oficialmente extinta. A organização aponta que caça ilegal se tornou o principal agente causador da aniquilação do animal que não é avistado desde 2006.
O rinoceronte branco do norte (Ceratotherium simum cottoni) e o rinoceronte javanês (Rhinoceros sondaicus), que apresentam parentesco com o outro bicho, já foram inseridos pela IUCN na categoria de “possivelmente extintos na natureza”. É importante salientar que a morte desses mamíferos perissodátilos é promovida por caçadores ilegais que fazem uso medicinal dos chifres dos espécimes, prática comum em algumas culturas, ou apenas para ostentar um troféu na prateleira.
Apesar dos alertas sobre o desaparecimento destes animais, são frequentes os relatos de novas perdas como, por exemplo, em Moçambique, onde a população de rinocerontes foi dizimada há mais de um século. No entanto, autoridades locais e outras organizações conseguiram elaborar ações de recomposição das espécies na região, porém, em maio de 2013, foi constatado que o último mamífero foi abatido, restando apenas carcaças espalhadas pelo chão.
Recentemente o Clube Safári de Dallas, no estado norte-americano do Texas, leiloou, por 750 mil dólares, uma permissão para que caçadores eliminem exemplares de rinoceronte negro (Diceros bicornis) na Namíbia, sob a alegação de que o bicho é excessivamente territorial, ou seja, violento até mesmo com animais da própria espécie, prejudicando o desenvolvimento da raça. Entretanto restam apenas 1.800 unidades desta classe no país, ou seja, a caça não parece ser a medida mais indicada para aumentar ou manter a população de rinocerontes.
A União Internacional para a Conservação da Natureza acompanha a conservação de 61.900 espécies de mamíferos e aponta que aproximadamente 25% deles estão ameaçados de extinção.