iStock.com / Rasmus-Raahauge Caça ilegal e poluição da água são alguns dos possíveis motivos da queda do número de espécies.

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Stellenbosch, na África do Sul, tem desenvolvido há seis anos um estudo com o objetivo de coletar dados e informações sobre a vida dos tubarões brancos que vivem nas águas costeiras do país. Recentemente, a equipe veio a público confirmar que apenas uma média de 350 a 500 animais continuam vivos na região, sendo que o número de exemplares da espécie já chegou a ser o dobro.

De acordo com a pesquisadora-chefe Sara Andreotti, em entrevista ao site da BBC, a forte e rápida redução no número de animais da espécie se deve à caça ilegal, poluição da água e principalmente às competições de caça, comuns na região.

Com isso, os pesquisadores acreditam que o tubarão branco sul-africano tem desenvolvido grandes características que apontam o risco de extinção da espécie. “Se a situação permanecer a mesma, os grandes tubarões brancos da África do Sul estão caminhando para uma possível extinção”, enfatiza Sara.

Para elaboração das pesquisas, o grupo observou mais de perto a região de Gansbaai, próximo à Cidade do Cabo, onde uma popular “gaiola de tubarões” é mantida no local. Observando mais de perto a população de animais de Gansbaai, os especialistas puderam coletar amostras dos animais e analisar suas barbatanas dorsais (usadas para identificação digital e registro dos tubarões).

O próximo objetivo dos pesquisadores é alimentar um banco de dados que reúna informações da população dos tubarões brancos, com a finalidade de manter o contato com os animais e evitar que novas perdas aconteçam com a mesma velocidade. Importante lembrar que existem populações da espécie que sobrevivem em alguns outros lugares do mundo (Canadá, Austrália e Estados Unidos).