Um grupo de pesquisadores da Universidade de Stellenbosch, na África do Sul, tem desenvolvido há seis anos um estudo com o objetivo de coletar dados e informações sobre a vida dos tubarões brancos que vivem nas águas costeiras do país. Recentemente, a equipe veio a público confirmar que apenas uma média de 350 a 500 animais continuam vivos na região, sendo que o número de exemplares da espécie já chegou a ser o dobro.
De acordo com a pesquisadora-chefe Sara Andreotti, em entrevista ao site da BBC, a forte e rápida redução no número de animais da espécie se deve à caça ilegal, poluição da água e principalmente às competições de caça, comuns na região.
Com isso, os pesquisadores acreditam que o tubarão branco sul-africano tem desenvolvido grandes características que apontam o risco de extinção da espécie. “Se a situação permanecer a mesma, os grandes tubarões brancos da África do Sul estão caminhando para uma possível extinção”, enfatiza Sara.
Para elaboração das pesquisas, o grupo observou mais de perto a região de Gansbaai, próximo à Cidade do Cabo, onde uma popular “gaiola de tubarões” é mantida no local. Observando mais de perto a população de animais de Gansbaai, os especialistas puderam coletar amostras dos animais e analisar suas barbatanas dorsais (usadas para identificação digital e registro dos tubarões).
O próximo objetivo dos pesquisadores é alimentar um banco de dados que reúna informações da população dos tubarões brancos, com a finalidade de manter o contato com os animais e evitar que novas perdas aconteçam com a mesma velocidade. Importante lembrar que existem populações da espécie que sobrevivem em alguns outros lugares do mundo (Canadá, Austrália e Estados Unidos).