Com o objetivo de incentivar o uso consciente dos recursos naturais durante a construção de prédios e casas, a Caixa Econômica Federal criou o Selo Casa Azul. O programa tem como intuito, também, reduzir o custo de manutenção dos edifícios e as despesas mensais de seus usuários, bem como promover a conscientização de empreendedores e moradores sobre as vantagens da sustentabilidade.
A iniciativa se soma a outras importantes certificações ambientais que estão aparecendo no mercado em geral para garantir a sustentabilidade nas ações. A adesão ao selo azul é voluntária e para garanti-lo é preciso apresentar o projeto para o órgão criador.
Podem participar todos os tipos de empreendimentos habitacionais propostos à Caixa para financiamento ou nos programas de repasse, bem como construtoras, poder público, empresas públicas de habitação, cooperativas e entidades representantes de movimentos sociais.
No entanto, para estarem aptos a concorrer, os empreendimentos precisam aproveitar ao máximo as condições bioclimáticas e geográficas locais, utilizar e garantir a existência de áreas permeáveis e arborizadas, adotar técnicas e sistemas que propiciem o uso eficiente de água e energia e realizar a gestão de resíduos.
Além disso, a habitação também deve adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos usuários, criando um ambiente interior saudável e proporcionando saúde e bem-estar aos moradores.
Dessa forma, para garantir que a construção é sustentável, a avaliação é composta 53 critérios divididos em seis categorias: qualidade urbana, projeto e conforto, eficiência energética, conservação de recursos materiais, gestão da água, e práticas sociais.
O nível de classificação varia de acordo com os requisitos preenchidos. Para receber selo bronze, é necessário preencher os 19 critérios obrigatórios. Para o nível prata, é preciso atender aos itens obrigatórios mais seis opcionais e, para o nível ouro, os 19 obrigatórios mais 12 opcionais.
Dentre os empreendimentos que já foram certificados, alguns deles encontram-se em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Santo André (SP), Joinville (SC), Garanhuns (PE) e Vitória (ES). O Residencial Bonelli, em Joinvile, foi o primeiro certificado, atendendo a 32 critérios da metodologia. Ao todos, ele possui 45 unidades habitacionais e conta com bicicletário, local para coleta e armazenamento de materiais recicláveis, áreas de lazer e áreas verdes, sistemas economizadores de água e energia e processos para a redução e controle da qualidade dos materiais construtivos.