As questões ambientais vêm ocupando cada vez mais espaço no dia a dia das pessoas em todo o mundo. Temas como desenvolvimento sustentável, eficiência energética e resíduos já são pauta nas agendas de reuniões internacionais e para mitigar os impactos e evitar desperdício, diversas oportunidades são identificadas em todos os setores da economia, como é o caso da construção civil.
Além dos resíduos deixados por construções serem cerca de cinco vezes maior do que de produtos, os prédios comerciais e residenciais são considerados os grandes vilões do mundo. Com um consumo de luz que responde a cerca de 40% da demanda mundial, construtoras vem investindo na autossuficiência.
Neste contexto, destacam-se os Edifícios de Energia Zero (Zero Energy Buildings ou ZEBs, na sigla em inglês), que produzem mais energia do que consomem ao longo de um ano. A iniciativa já está sendo incorporada em diversos países como Estados Unidos, Alemanha e Noruega. Este último, inclusive, já conta com um projeto piloto.
Conhecida como ZEB Pilot Hous, que produz até 3 vezes mais energia do que necessita, a casa ecológica faz parte de um projeto do Centro de Pesquisa da Noruega sobre Zero Energy Buildings (ZEB).
O país tem como objetivo zerar as emissões de gases de efeito estufa, tanto a emitida no processo de construção quanto a que é gerada pela operação do dia a dia. Para que esse ideal seja atingido, a casa conta com tecnologias para geração independente de energia a partir de fontes renováveis.
Além disso, o edifício foi construído com as mais avançadas soluções de design, engenharia e tecnologia, o que envolve um telhado todo coberto por painéis solares. Dessa forma, é possível utilizar energia solar a maior parte do tempo do dia e do ano.
Para suprir as necessidades de energia elétrica na casa e ainda gerar excedente suficiente para abastecer um carro elétrico durante todo o ano, o local conta com um sistema de energia geotérmica sob o chão.
O design é assinado pelo escritório norueguês Snohetta e os materiais usados no interior da casa foram escolhidos com base na sua capacidade de contribuir para a qualidade do ar, bem como garantir um visual rústico e fresco.