Retrofit Verde é uma técnica de adaptação de construções antigas que objetiva manter a estrutura original e adequar ao edifício equipamentos e materiais modernos e ecológicos. Há vários motivos para considerar a técnica promissora: conserva o patrimônio histórico, diminui os gastos energéticos, melhora o potencial construtivo e o mais importante: é sustentável.
Com o retrofit é possível reduzir até 30% do consumo de energia e até 50% do consumo de água de um imóvel. Para se ter ideia, no Brasil, os edifícios respondem por 45% da energia, 22% da emissão de CO2 e por 21% da água potável consumidos em um ano.
Segundo o Programa de Educação Tutorial da Engenharia Civil da Universidade Federal de Juiz de Fora, quase sem espaço para novas edificações, as metrópoles se beneficiam, também, com a recuperação de prédios abandonados em áreas com potencial construtivo esgotado. Além disso, a técnica pode valorizar o imóvel em até 50%.
O estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, e o Empire State Building, em Nova York, passaram por retrofit. O prédio americano deve economizar U$ 4,4 milhões por ano e o brasileiro produz 25% da energia que consome por meio de painéis solares. Nos Estados Unidos, o mercado de construções sustentáveis já movimenta cerca de U$ 236 bilhões e está em expansão.
No Brasil, diversos projetos de revitalizações já utilizam o retrofit, o que é uma vantagem em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, com mercado imobiliário concorrido.
Mas não confunda o que é retrofit com o que é restauração ou uma reforma comum. Na primeira, todo o imóvel passa por modificações, mantendo a arquitetura, mas renovando suas estruturas. A restauração, no entanto, não moderniza o projeto, ela apenas o devolve ao estado original. Já na reforma, não existe nenhum compromisso com as características originais da edificação. O retrofit une as duas técnicas. As principais áreas de preocupação do retrofit verde são iluminação, conservação de água, climatização, preservação da fachada e eficiência energética.