A junção de inovação e tecnologia pode ser de grande importância na criação de materiais mais sustentáveis. E o polietileno verde é um dos grandes exemplos de como esta combinação pode dar certo. Resultado do investimento de uma indústria de plásticos, o material é derivado da cana de açúcar, uma fonte renovável e farta no Brasil.
Utilizado para fazer revestimentos de fios e cabos, brinquedos, garrafas e outros objetos de plástico, o polietileno tradicional é um polímero de adição e sua principal fonte é o petróleo – portanto, uma fonte não renovável. Outro ponto que merece ser ressaltado é que produção do polietileno em formato tradicional emite uma quantidade muito maior de gases do efeito estufa do que o processo utilizado por sua versão verde.
Por sua vez, mesmo sendo produzido a partir do etanol de cana de açúcar, o polietileno verde conta com toda as características da versão tradicional no que se refere à versatilidade e resistência. A novidade já vem sendo utilizada por dezenas de indústrias no Brasil e em outros países. Apesar de contar com preço um pouco mais elevado que o tradicional, o polietileno verde oferece um valor simbólico aos consumidores conscientes e preocupados com o meio ambiente. Vale lembrar que as embalagens produzidas a partir de polietileno verde também podem passar por processos de reciclagem.
Para a economia brasileira, além de uma inovação em sustentabilidade capaz de garantir e prover diferentes indústrias, a criação do polietileno verde pode alavancar o uso do etanol de cana de açúcar, incentivando a pesquisa e as novas tecnologias que visem o seu desenvolvimento. É importante não esquecer, porém, que mesmo vindo de uma fonte natural, o plástico causa sérios impactos na natureza. E, já que foram criadas fontes renováveis que garantem a sua fabricação, é importante termos consciência para utilizá-lo e recicla-lo da melhor forma.