Reduzir os impactos ambientais causados pela intensa expansão populacional em âmbito mundial é uma necessidade urgente para a sociedade e, por isso, cada vez mais a tendência de construções ecologicamente corretas tem se espalhado pelo mercado imobiliário de diversos países. As edificações sustentáveis, que têm como objetivo primar pela preservação da natureza, viabilidade econômica e valorização social, fazem parte de uma modalidade chamada de arquitetura verde.
Um exemplo de obra benéfica ao meio ambiente é a “LISI”, Vida Sustentável Inspirada pela Inovação (tradução do inglês), vencedora da edição de 2013 do concurso Solar Decathlon, promovido pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos. Desenvolvida pela Equipe Áustria, pertencente à Vienna University of Technology, a casa, que possui aproximadamente 60 m², tem painéis fotovoltaicos capazes de fornecer mais eletricidade do que a obra necessita durante um ano inteiro. Para obter a liderança da competição, a “LISI” comprovou eficiência energética com a instalação de um sistema de gestão de eletricidade, duas bombas para o aquecimento d’água e chuveiros que funcionam a partir de energia térmica.
Num cenário mais exótico, fica a construção batizada como Black Magic House, projetada pelo arquiteto Masov Aibek, erguida no meio de uma floresta em Almaty, cidade do Cazaquistão. Apresentando formato cilíndrico, as estruturas têm paredes de vidro, que retém raios ultravioleta, algo que possibilita a economia de eletricidade em iluminação, e divisórias de metal e gesso. O contato com a natureza também é considerado, uma vez que a habitação possui uma árvore atravessando seus quatro andares.
Construída em 2012, a Wind Vault House, com design elaborado pela Wallflower Arquitetura, atua com uma vela de navio, catalisando ventos com o auxílio de telas de madeira, ventilando cada ambiente de maneira passiva.
Com luzes de LED e energia solar, o Air Villa, desenvolvido pelo estúdio holandês Haiko Cornelissen Architecten, inova ao dispor seus quartos linearmente e porta de correr que permitem o acesso ao exterior, promovendo maior fluxo de ar.
Já a casa YAK01, por Aytt and Associates, em Bangkok, na Tailândia, projetada em forma de “L”, conta com um mecanismo que extrai o ar fresco propiciado pela piscina para resfriar os demais cômodos da casa. A YAK01 ainda aproveita a abundante luz solar para iluminar os espaços.
Assim como a obra de Bangkok, a Wallflower levou refrigeração à água em Singapura, com a Water-Cooled House, abaixando a temperada com uma lagoa e muitas áreas abertas.
Ainda com a proposta de refrigeração passiva, The Wing House (A Casa Alada, na tradução do inglês), erguida pela Architects K2LD, utiliza um terreno triangular e saliências extensas para viabilizar e controlar os ventos, conduzindo-os aos quartos, com o intuito de refrescá-los. Ou seja, com um pouco de criatividade, é possível expandir ainda mais o conceito de arquitetura verde para as grandes cidades.