No início da revolução industrial e da produção acelerada, pouco se pensou nos danos que a utilização desmedida dos recursos naturais teriam futuramente. Porém, o tempo mostrou que a natureza não trabalha sob a perspectiva do pensamento consumista. Ela não se move para o lucro e não se regenera para poder sustentar os caprichos da humanidade.
A sociedade, em suma, não adquiriu uma educação que valorizasse a preservação ambiental. Então, a única alternativa encontrada por biólogos, pesquisadores e cientistas para chamar atenção para a escassez dos recursos naturais é trabalhar para conscientizar a população da necessidade de se preocupar com a conservação do meio ambiente e de se começar a investir numa educação sustentável para as futuras gerações.
Um relatório feito pela WWF, uma organização não-governamental que atua em diversos países do globo com o objetivo de promover um desenvolvimento sustentável, constatou que a humanidade está usando 20% a mais de recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. Este é um dado alarmante quando se tenta imaginar o mundo do próximo século.
Do ponto de vista econômico, falta às nações a visão de que a biodiversidade de seu país influencia em seu desenvolvimento. Isto, porque este aspecto está camuflado por trás da produção industrial, da tecnologia e da funcionalidade do sistema econômico nas comunidades. Falta aos seres humanos, como um todo, entenderem que a degradação da natureza afeta suas vidas diariamente, em diversos sentidos. Pode ser que os danos ainda não estejam visíveis para que os indivíduos e é por essa razão que é preciso insistir e estimular a conscientização ambiental.
Organizações Não Governamentais – ONGS Ambientais
A organização ambientalista, Iniciativa Verde, é um dos exemplos da união de pessoas que já se conscientizaram. Através de projetos específicos para o meio urbano, rural e florestal, a ONG se dedica à busca da redução de impactos ambientais provocados pelas atividades humanas. Muitas empresas também estão investindo em políticas e iniciativas de sustentabilidade. No Brasil, a gigante do agronegócio BUNGE Alimentos, desenvolveu, juntamente com o Instituto Ambiental do Paraná, uma cartilha de orientação aos produtos rurais, explicando as leis do Código Florestal, ressaltando a importância de utilizar os recursos naturais com consciência e ensinando a utilizar o campo de forma sustentável.
Muitas outras organizações e fundações, como: a Vale Verde, a SOS Mata Atlântica, a Elo Ambiental e o INCA; desenvolvem atividades de educação ambiental em comunidades, incluindo estudantes e professores.
Consumo de Palmito
Outras ações também são muito importantes quando se fala em alternativas de produção que não agridam a natureza. Um exemplo é o do palmito proveniente da árvore Jussara. Há cerca de 30 anos atrás, o palmito era extraído incontrolavelmente desta espécie vegetal que demora 12 anos para ser cultivada. Tendo em vista que o Brasil chegou a derrubar 400 milhões de palmeiras por ano, já era de se esperar que a espécie entrasse em extinção.
A opção encontrada pelos produtores do alimento foi começar a extraí-lo do açaizeiro, uma vez que cada touceira possui de 4 a 5 caules que permitem a extração do palmito alternadamente entre as árvores. Outro aspecto positivo da árvore é que ela não morre após a extração como as palmeiras. Atualmente, o palmito-açaí corresponde a 90% do que é comercializado no Brasil.
São pequenas atitudes, como o empenho em descobrir novas maneiras de produzir um alimento ou um utensílio sem atingir a natureza, promovendo palestras e gincanas em escolas, produzindo vídeos educativos e programas de restauração florestal, que ajudam a reeducar a sociedade de uma maneira a torná-la mais sensível e preocupada com o meio ambiente.