O termo freegan surgiu nos EUA na década de 90 e vem da junção das palavras em inglês vegan – o não consumo de qualquer produto de origem animal – e free – grátis. Além do veganismo e a intenção de não gerar impactos ambientais, o freeganismo também se expande ao anárquico, desviando-se de tudo o que gera custos humanos.
Os freegans recuperam móveis, roupas, itens domésticos, livros e comida, ou seja, tudo o que for reutilizável. Muitos optam por não ter empregos, dedicando-se ao trabalho voluntário e a ensinar suas técnicas de recuperação a novos interessados. Porém, muitas pessoas os consideram hipócritas, sob o argumento de que se os freegans realmente tivessem boas intenções levariam toda comida coletada aos necessitados, como por exemplo, às creches, moradores de rua e etc.
Além de viver da coleta de alimentos descartados no lixo, reaproveitar móveis e utensílios, defender o desemprego voluntário, para os freegans trabalhar é uma troca da liberdade pela submissão a um sistema destruidor. Eles também ocupam moradias urbanas abandonadas e transformam terrenos baldios em hortas comunitárias, pois de acordo com eles, a moradia é um direito e não um privilégio.
Este movimento é mais forte em países como Estados Unidos, Austrália e Inglaterra, lugares recordistas em desperdício, mas também tem seus adeptos no Brasil. No país, os freegans se baseiam mais na coleta de frutas e verduras de fim de feira: o alface deixado de lado, o tomate meio amassado, a banana “machucada” e solta do cacho, a couve esquecida. Enquanto nos EUA a busca é maior por alimentos industrializados, seguindo os rumos de suas respectivas culturas locais.