A empresa Carbon Engineering busca um plano ambicioso para conseguir retirar o CO2 da atmosfera e transformá-lo em combustível. Seu equipamento terá uso prioritário em regiões que possuem dificuldades em promover reflorestamentos, como os desertos.
O equipamento possui em seu interior filtros de PVC e funciona da seguinte maneira: o ar flui através de uma série de ventiladores, que se alimentam de uma solução rica de CO2. Esta retira os compostos de carbono do ar. Em seguida essa solução sai do outro lado, em estado líquido, mais purificada e concentrada, podendo, posteriormente, ser destinada ao uso industrial.
O projeto foi desenvolvido por David Keith, físico e professor de engenharia da Universidade Harvard e a Carbon Engineering, que aposta na ideia, recebeu investimentos do bilionário Bill Gates e de Murray Edwards.
Para criar a tecnologia, os engenheiros se debruçaram em um dos mecanismos mais inteligentes que existem na natureza: a respiração das árvores. Enquanto os serem humanos inalam O2 (oxigênio) e liberam CO2, o processo das árvores é contrário, elas capturam CO2 e liberam O2 na natureza.
Nesse processo de fotossíntese as árvores são as grandes provedoras do nosso O2, essencial para a existência da humanidade, e contribuintes para a captura do CO2 que, por sua grande quantidade, hoje representa o maior dano à atmosfera. Debruçar-se sobre a lógica da natureza para construir soluções ambientais pode ser o caminho mais inteligente a ser percorrido por cientistas como os profissionais da Carbon Engineering vêm fazendo.
Vale lembrar que a ideia não é inédita. A empresa americana Global Thermostast, encabeçada pelo professor da Universidade de Columbia, Peter Eisenberger, vem desenvolvendo projetos similares. Há também a Climeworks, empresa suíça patrocinada pela montadora Audi.
Conheça melhor o processo da Carbon Engineering no vídeo a seguir (sem legenda):