Sempre que dois grandes países se reúnem e anunciam parcerias de livre comércio ou mesmo de aproximação diplomática, o mundo sente os efeitos e repercute como tudo isso será refletido na questão econômica global. O mesmo vale para a questão ambiental, ou seja, acordos firmados entre nações importantes no cenário mundial que visam à preservação ambiental também chamam a atenção e merecem ainda mais destaque por parte das pessoas ao redor do mundo, afinal de contas, todos nós somos impactados pelo o que acontece no meio ambiente.
Neste campo, uma decisão história entre Estados Unidos e China promete fechar o cerco contra um dos comércios mais bárbaros envolvendo a vida animal: o comércio do marfim. O acordo fechado entre duas das maiores economias do mundo pretende proibir 100% desta ação nas fronteiras dos países e forçar o mesmo apoio de Hong Kong, onde o segmento é um grave problema há muito tempo.
Importante ressaltar que a pressão política para tomada de decisões mais rígidas teve muita influência do governo chinês e contou com apoio de 95% da população do gigante asiático. Outro ponto que reforça este compromisso com a preservação animal é que nos últimos anos houve redução de quase 70% de consumo de barbatanas de tubarão na China, justamente através de campanhas ambientais e conscientização da população.
Fim do comércio legal de marfim?
Em publicação oficial do governo norte-americano, o acordo firmado com a China também visa por um fim no tráfico de animais selvagens para o país mais rico do mundo, inclusive com severas restrições à importação de marfim para fabricação de troféus de caça. Os Estados Unidos também se propuseram a investir em educação pública e em comunicação com a China para favorecer a aplicação das novas leis.
“Este acordo é o maior passo que poderia ser tomado para reduzir a caça de elefantes. O comércio legal de marfim sempre foi usado como uma capa para branquear marfim escalfado, e quando foi autorizado pelo governo anterior na China em 2009, a caça furtiva aumentou dramaticamente na África”, afirmou Peter Knights, CEP da WildAid.