Os norte-americanos são o povo que mais participa de caças na África. Essa péssima cultura da caça foi responsável por casos como o do leão Cecil, assassinado no Zimbábue por um dentista americano. A lei das espécies ameaçadas chega para proteger esses animais e impedir esse tipo de turismo por parte dos americanos. Isso porque a ação coloca os leões africanos na lista de espécies ameaçadas e em perigo poderia, o que incentiva a paralisação da indústria da caça a esse tipo de animal.
Em novos dados obtidos a partir da Convenção Sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas, a Humane Society, descobriu que 719 leões africanos foram importados para os EUA em 2014 e desses, 620 vieram da África do Sul onde, em sua maioria, são caçados por um sistema batizado de “enlatado”.
Por meio desse sistema os animais ficam confinados em um espaço específico para facilitar seu abate por parte de caçadores e turistas. Os caçadores pagam uma média de US$ 20.000 para atingir os leões e levar seus corpos como troféus para casa.
Estima-se que as populações de leões africanos caíram de 200 mil há um século para cerca de 20 mil hoje, um número que pode ser reduzido para metade ao longo das próximas duas décadas, graças à destruição do habitat, à caça furtiva e outras ameaças.
Existem cerca de 6.000 leões em cativeiro espalhados por 200 instalações em toda a África do Sul, que cobram entre US$ 7.000 e US$ 50.000 para caçadas. A prática vem ganhando o foco da discussão nos EUA e, embora as novas restrições representem uma grande perda de renda para o país africano, a Associação dos Caçadores Profissionais da África do Sul já manifestou apoio à decisão do governo americano e já toma medidas que diminuem esse tipo de caça no país.