Vivemos em um país onde a população visa o consumismo em massa de todos os produtos possíveis e acabamos nos esquecendo das consequências que eles podem causar ao meio ambiente, como o aquecimento global, enchentes, poluição e muitos outros.
Por isso muitos centros de pesquisas, ONGs e a até mesmo a população estão tomando algumas atitudes para entrar em harmonia com a natureza, garantindo a sustentabilidade urbana.
Segundo uma pesquisa, hoje no Brasil os ônibus convencionais emitem 6,5 milhões de toneladas/ano de poluentes nas metrópoles brasileiras e foi através desses dados que o Centro de Tecnologia da Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveu um ônibus ecológico e politicamente correto.
O veículo que utiliza de fontes renováveis será utilizado durante os Jogos Olímpicos de 2016 para transporte dos atletas de um centro olímpico a outro.
Transporte ecologicamente correto
O ônibus é composto de cilindros de hidrogênio gasoso instalados no teto, pilha combustível que converte o nitrogênio em eletricidade quando entra em contato com oxigênio do ar – que fica na parte traseira – e autonomia para circular até 150 km entre uma recarga e outra.
Essa é a segunda versão feita pela Coppe, a primeira foi lançada em 2010 e comprovou a emissão zero de poluentes, demostrando eficiência energética maior que a dos veículos a diesel. Isso fez com que os desenvolvedores fizessem a segunda versão chamada de H2+2, que tem tecnologia muito mais eficiente no uso de energia.
Além desse projeto, foram desenvolvidos também pelo laboratório um ônibus hídrico movido a etanol e outro 100% elétrico.
“Considerando que a maior parte da energia elétrica que consumimos já vem de fontes renováveis e não poluentes, esta é uma oportunidade para invertermos totalmente o panorama do nosso transporte urbano, tornando-o um dos mais sustentáveis do mundo”, disse Paulo Emílio de Miranda, professor e coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Coppe, em entrevista ao site da Coppe.
Caminhos sustentáveis
Outros projetos também estão sendo desenvolvidos para tornar o país um pouco mais sustentável. Um deles é o trem de levitação magnética. Além de compacto e super leve, para sua locomoção não é necessário rodas e trilhos, pois ele flutua silenciosamente através da interação de ímãs permanentes com supercondutores. Movido a energia elétrica, ele não emitirá gases poluentes de efeito estufa como os outros meios de transportes convencionais.
O modelo tem capacidade para comportar até 30 passageiros, composição de 1,5 metro de comprimento e pode chegar até 100 km/h.
O professor Richard Stephan, coordenador do projeto desenvolvido no Laboratório de Aplicações de Supercondutores do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe, espera que o projeto Maglev-Cobra seja certificado no ano que vem e, em 2020, entre em operação com uma linha de 5 km de distância, fazendo a ligação entre a Estação de BRT Aroldo Melodia e o Parque Tecnológico da UFRJ. “Este protótipo é sem ar-condicionado, que é grande vilão de consumo energético”, comentou o professor, em entrevista ao site da Agência Brasil.