
Os carros são os maiores vilões na poluição de São Paulo. Segundo a CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) eles são responsáveis por emitir 1,5 milhão de toneladas de monóxido de carbono, 386 mil toneladas de partículas de hidrocarbonetos e 367 mil toneladas de óxidos de nitrogênio, entre outros poluentes, por ano. Incentivar o uso de transporte não motorizado está entre as principais soluções sustentáveis para desafogar o trânsito e reduzir o impacto ambiental.
O uso de ciclovias tem se tornado uma alternativa cada vez mais útil à mobilidade urbana, ao bolso, ao tempo, à saúde e ao meio ambiente. Grandes metrópoles que adotaram o uso das bikes como meio transporte têm colhido excelentes resultados e ganhado grande número de adeptos.
Amsterdã (Holanda), por exemplo, é considerada a melhor cidade do mundo para se pedalar. Diariamente, cerca de 40% da população utiliza a bicicleta para trabalhar, 40% o transporte público e só 20% o carro. Um cenário de sonho para qualquer cidade que sofre com problemas de mobilidade urbana.
A solução em duas rodas também quadruplicou em Nova York (EUA) na última década. Em Viena (Áustria) a infraestrutura para bicicletas chega a 1.700 km divididos em diversas formas, como vias e calçadas compartilhadas; ciclofaixas na via e nas calçadas; ciclovias e muitos bicicletários. Atualmente, São Paulo tem modestos 245 km de ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas*.

O uso de bicicleta aqui no Brasil ainda é visto como um tímido agente transformador da mobilidade urbana sustentável. Entretanto, seus benefícios são muitos: diminui o número de carros nas ruas e, consequentemente, os congestionamentos e os índices de poluição; gera autonomia e facilidade de deslocamento; contribui para a atração dos centros urbanos; tem baixíssimo impacto poluidor na construção das vias; aumenta a qualidade de vida dos adeptos; e reduz o stress, dentre outros.
Ciclovia – via exclusiva para bicicletas, paralela ao tráfego dos carros. Exemplos: canteiro central das avenidas Brigadeiro Faria Lima e Pedroso de Moraes.

