De acordo com uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 30 milhões de animais vivem nas ruas em todo o Brasil, sendo que 20 milhões são cachorros e 10 milhões são gatos.
Para ajudar esses animais desabrigados, foi desenvolvido em Americana, interior de São Paulo, um comedouro para alimentar cães e gatos da rua. Batizado de “AlimentaCão”, o comedouro já foi instalado em três pontos da cidade, onde havia maior concentração de animais abandonados.
O produto que está ajudando cerca de 15 cães por dia, é uma iniciativa do vereador e voluntário Guilherme Tiosso, conta com o apoio da Prefeitura de Americana e pretende ampliar os pontos de alimentação por meio da ajuda de voluntários. A população local já aderiu a esse novo projeto e está ajudando os pontos de alimentação através de doações. Empresas agrícolas, petshops e clínicas veterinárias também abraçaram a causa.
Instalação e custo
Os produtos feitos de cano de PVC e adaptados para que se transformem em recipientes de água e ração, são colocados nos pontos escolhidos junto de adesivos e placas, que explicam sobre a iniciativa e o que pode ser feito pela população local para contribuir com a causa.
Para instalar o ponto de alimentação que custa em torno de R$ 100,00, o morador interessado em se tornar tutor entra em contato com um dos idealizadores e agenda uma entrevista. Nesta fase será verificada sua localização, uma vez que é imprescindível o deslocamento até o local uma vez por dia. Depois, o novo voluntário terá que assinar um termo se comprometendo a monitorar a área e sempre colocar ração e água nos comedouros que suportam em torno de 4 Kg.
Outra regra bastante importante é que os comedouros precisam estar afixados longe do chão, para que a cidade não fique suja e não haja a proliferação de pragas como ratos, pombos e baratas.
Nova Ação
Outro grande objetivo dos voluntários é castrar todos os cães abandonados, para evitar que eles se reproduzam e aumente o número de animais nas ruas.
O plano é conseguir um castramóvel – centro móvel de castração – para acolher os animais que passaram pelo procedimento. Já a recuperação deles seria feitam em uma sala dentro do centro de zoonoses.
Segundo o Secretário de Saúde, o projeto que visa o controle de reprodução dos animais de rua já foi aprovado por ter base na Lei Estadual nº 12.916/2008.