No final da década de 1970, quando a frota de veículos começou a crescer gradativamente, foi implantado um sistema mais eficiente de programação de semáforo, conhecido como SEMCO, os Semáforos Coordenados. O sistema conta com vários detectores de veículos espalhados pelas ruas e avenidas mais movimentadas da cidade. De dentro de uma sala de controle, os dados de volume de tráfego são fornecidos por esses sensores e levados até os computadores. Os engenheiros de tráfego analisam esses dados e, então, programam os semáforos.
Com a implementação desse sistema houve uma melhora significativa no trânsito. No entanto, o número de carros cresceu novamente e as ruas e avenidas ficaram cada vez menores, fazendo com que até mesmo essa técnica perdesse sua eficiência.Neste contexto surgiu então o projeto SEMIN ou Semáforos Inteligentes. Com a proposta de mudar para um sistema integrado, acionado em tempo real – cada bloco de semáforos está conectado a um controlador inteligente e este ligado a uma central para toda a cidade –, a tecnologia detecta o movimento nas vias e permite o abrir e fechar do sinal de acordo com a demanda do momento.
Ou seja, não há programação, já que ele faz o controle do semáforo ao mesmo tempo em que o veículo está passando, não havendo a necessidade de uma equipe analisar os dados. O sistema é autossuficiente: colhe, analisa e envia, imediatamente, o melhor tempo para aquele semáforo.
De acordo com um estudo realizado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), o sistema inteligente melhora a mobilidade urbana e reduz paradas em até 30%. A alteração permite, ainda, uma comunicação mais rápida, já que por ser um sistema de tempo real, a detecção de falhas é imediata e otimiza os serviços de manutenção.
Trânsito em São Paulo pode ser melhorado, mas essa ação não é suficiente
Para minimizar o trânsito caótico de São Paulo a prefeitura da cidade estuda importar de Londres o modelo dos novos semáforos inteligentes. A modernização do sistema é uma boa alternativa, no entanto, segundo especialistas, não é suficiente para diminuir os tempos de espera nos congestionamentos. Isso porque, apesar de melhorar as condições do trânsito momentaneamente, a ação pode aumentar o número de veículos também.