Para o CDC a propagação do vírus é feita através de contato físico direto e por longo período
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, a propagação do coronavírus é mais comum de pessoa para pessoa e não tanto de superfícies contaminadas para pessoas.
Por este motivo, cientistas estão se convencendo de que a chance de contrair a Covid-19 através do contato com superfícies infectadas, é bem pequena. A maior possibilidade de contaminação, segundo eles, ocorre entre pessoas que ficam próximas por longos períodos. Neste caso, locais com grande concentração de pessoas e áreas pouco ventiladas, apresentam um risco maior de propagação do vírus.
Exposição prolongada
Os especialistas identificaram que ficar muito tempo em contato com gotículas respiratórias é um fator significativo para a infecção. John Brooks, diretor médico do CDC, disse ao Wall Street Journal que ficar próximo de uma pessoa contaminada (a menos de um metro e meio de distância), por um longo período, há muito mais chances de haver uma contaminação do que um contato breve da mesma natureza.
A exposição prolongada pode ser definida como aproximadamente 15 minutos, mas Brooks alerta que a infecção pode ser transmitida instantaneamente se alguém se envolver com a pessoa infectada de forma mais íntima ou se houver espirros ou tosse.
Por isso é tão importante o uso de máscaras, afinal, se duas pessoas próximas estiverem usando máscaras, as chances de transmissão são reduzidas significativamente.
Transmissão aérea
Recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS) admitiu que a transmissão aérea também é uma possibilidade. A afirmação foi feita após mais de 200 especialistas de 32 países escreverem para a Organização Mundial da Saúde, solicitando que a agência reconhecesse a possibilidade de transmissão aérea do vírus.
Mesmo assim, os estudos feitos até agora ainda não chegaram a uma conclusão definitiva de que o vírus pode ser transmitido pelo ar, através dos chamados aerossóis (gotículas minúsculas que pairam no ar), contudo, a comunidade científica avisa que existem grandes chances.
Por via das dúvidas, a OMS preferiu admitir que as gotículas respiratórias podem manter-se suspensas no ar por longos períodos e que, caso a pessoa que os emite esteja infectada, o vírus pode permanecer “pairando” no ambiente, principalmente em locais fechados onde não há boa circulação de ar.