Ellen Stofan, cientista chefe da NASA, apresentou sua estimativa em um painel de debate de pesquisadores da agência sobre a existência das chamadas zonas habitáveis, isto é, planetas, luas e asteroides contendo água líquida – condição indispensável para a vida.
Os cientistas deixam claro que essas formas de vida serão primitivas e não os famosos ET’s que permeiam o imaginário de todos. “Não estamos falando de homenzinhos verdes, mas de pequenos micróbios”, afirmou Ellen Stofan.
O otimismo dos cientistas vem do fato de que a tecnologia da agência está cada vez mais sofisticada, possibilitando esse tipo de exploração. “Nós sabemos onde buscar. Nós sabemos como buscar. Na maioria das vezes, nós temos tecnologia e estamos na direção de implantá-la. Então, eu acho que estamos no caminho [de encontrar vida alienígena]”.
Para o cientista Jeffrey Newmark, também participante do painel, a única questão ainda passível de ser feita é quando a descoberta ocorrerá. Nos últimos anos, novas evidências animaram os cientistas, como a lua Enceladus, de Saturno, que tem um oceano de água quente e foi descoberta em março por pesquisadores da Universidade do Colorado.
Três novos planetas situados fora do Sistema Solar também foram localizados em janeiro. Um deles está a uma distância de sua estrela que permitiria a existência de água líquida em sua superfície.
Em novembro do ano passado, belas imagens de uma das luas de Júpiter, a Europa, foram divulgadas. Na época, também anunciaram a descoberta um extenso oceano abaixo da superfície congelada. Por enquanto, essa é a maior aposta dos cientistas para abrigar alguma forma de vida fora da Terra. A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) tem planejada para 2022 uma missão para explorar Júpiter e três de suas maiores luas, entre elas Europa.