“Uma batata tem potência suficiente para iluminar um quarto com lâmpada LED por 40 dias”, conclui o pesquisador da Universidade Hebraica de Jerusalém, Haim Rabinowitch, que há alguns anos tem direcionado uma série de estudos sobre a extração de energia elétrica da batata. De acordo com o cientista, o processo de geração de energia depende apenas de algumas placas de metal, fios e lâmpadas.
Para a criação da experiência da “bateria de batata”, é necessário o auxílio de dois metais em específico: um ânodo (um metal como o zinco, que gere os eletrodos negativos) e um cátodo (cobre, responsável pelos eletrodos positivos). A partir destes materiais, o ácido da batata reage com o zinco e o cobre, liberando os elétrons que fluirão de um material para o outro. Toda esta operação é responsável pela geração de energia elétrica.
Estudo sobre a batata existe desde o século XVIII
Historicamente, o método praticado por Haim é estudado em colégios tradicionais desde o século XVIII. Entretanto, nos últimos anos, grandes descobertas foram responsáveis por avançar todas as pesquisas.
Em 2010, o corpo de cientistas da mesma universidade hebraica realizou experiências com diversos tipos de batata, para analisar melhor a questão de sua eficiência energética. Na oportunidade, foi possível identificar que cozimento das batatas por oito minutos pode fazer com que o alimento reduza sua resistência e quebre os tecidos orgânicos, o que facilitará a movimentação dos elétrons e, assim, pode gerar mais energia.
Outras experiências também indicaram o crescimento da eficiência energética, fazendo com que todas as pesquisas concluíssem que o novo método é, sim, uma maneira muito mais econômica e sustentável para abastecimento elétrico da necessidade por eletricidade. “É energia de baixa voltagem, mas é suficiente para construir uma bateria que poderia carregar telefones celulares ou laptops em lugares onde não há rede de energia”, afirmou o pesquisador.
Uso da batata divide especialistas
Entretanto, a pesquisa é também alvo um de uma longa discussão. De um lado, os cientistas defendem a importância desta nova descoberta e o aprimoramento da técnica para geração de energia no futuro. Do outro lado, autoridades de recursos naturais veem na batata uma oportunidade para contribuir na difícil missão de lutar contra a fome, que atinge uma parcela significativa da população mundial.
Segundo a BBC, foram produzidas 324 milhões de batatas em 130 países ao redor do mundo em 2010. Resta agora saber qual será a evolução do uso de batatas para o planeta nos próximos anos.