O inverno de São Paulo, com seus 29°C, já sinaliza um cenário desafiador. Segundo previsões, neste ano podemos ter ondas de calor com sensação térmica de 50°C. Essa análise, baseada em pesquisas e relatórios científicos, levanta preocupações sobre o impacto na saúde pública e destaca desigualdades urbanas.
O problema se agrava pelo fato de muitas cidades possuírem áreas sem infraestrutura adequada, sem árvores ou parques. Nas áreas centrais, a concentração de materiais construtivos que retêm calor cria ilhas de calor urbanas, aumentando a temperatura do ar e das superfícies. Essa situação se replica nas regiões periféricas, criando um ambiente desfavorável e prejudicando o conforto térmico dos moradores.
Além dos impactos urbanos, é necessário alertar para as consequências letais do calor extremo. Estima-se que mais de 60 mil pessoas tenham falecido devido a ondas de calor em diversas partes do mundo no último ano. Grupos vulneráveis, como idosos e crianças, enfrentam riscos aumentados de desidratação e insolação.
A preocupação se estende para as mudanças climáticas globais, evidenciadas pelo degelo nas calotas polares, aumento dos níveis dos oceanos e incêndios florestais. É nesse momento que se questiona as ações dos governos diante desses desafios, especialmente no contexto da recente Cúpula da Amazônia, onde chefes de Estado buscaram diretrizes para atingir o desmatamento zero até 2030.
Fica a incerteza sobre as medidas efetivas e políticas públicas necessárias para lidar com as transformações climáticas que já impactam o cotidiano e a saúde das pessoas. Quando os governantes passarão a olhar para essa realidade próxima e tomarão atitudes para mitigar os efeitos negativos do calor?
Com informações da Jovem Pan.