Fonte: Flickr / boaventuraA utilização de sacos coloridos para a coleta ajuda na identificação e separação do lixo.

Atualmente muito se tem falado sobre quais ações podemos realizar no dia a dia para diminuir nossos impactos ambientais. Uma das maneiras efetivas de colaborarmos com o meio ambiente é realizando uma boa gestão dos nossos resíduos. Por isso a coleta seletiva é tão importante, além dos benefícios ambientais, ela permite que inúmeras famílias sejam beneficiadas por meio da triagem em cooperativas.

Os conceitos de reciclagem e coleta seletiva já não são novidade para boa parcela da população. Nesse texto você encontrará dicas de como implantar a coleta seletiva em condomínios de maneira estruturada e efetiva.

1.Primeiramente é necessário observar a Instrução Técnica nº 11/2011 do Corpo de Bombeiros. Ela atende ao Decreto Estadual nº 56.819/2011 que proíbe a disposição de objetos nos andares e corredores, evitando que os mesmos interrompam a passagem em caso de um eventual incêndio. Sendo assim, é preciso encontrar um local adequado aos coletores. Geralmente a garagem é um local de fácil acesso a todos os moradores, facilitando a implantação e aceitação do novo procedimento.

2.A quantidade de coletores necessários variará com o tamanho do depósito, a quantidade de resíduos gerada e o número de coletas. Para calcular o volume gerado, anote durante uma semana quantos sacos de lixo foram enviados à coleta. Aproximadamente 70% desse volume é composto por resíduos recicláveis e 30% por não recicláveis (matéria orgânica, materiais não recicláveis ou embalagens sujas). De acordo com esses dados, o condomínio pode optar pelo melhor modelo de contêiner que atende suas necessidades.

3.Para acondicionar os resíduos é interessante que os sacos possuam cores diferentes. Assim, a identificação visual e a separação no depósito serão facilitadas. Geralmente o saco preto é utilizado para resíduos não recicláveis e algum colorido para os recicláveis.

carlosmataé importante que o lixo reciclável esteja limpo – sem resíduos do produto – para facilitar o processo de reciclagem.

4.Caso o condomínio opte pela mudança de procedimentos, é fundamental que o processo seja acompanhado de comunicação. Os moradores devem ser avisados sobre quaisquer novidades por meio de banners, e-mails, cartas, palestras ou comunicados nos quadros de aviso e elevadores. É recomendável que esse processo seja estendido por dois meses.

Para o sucesso da coleta, a separação dos materiais deve começar na fonte geradora. É interessante que os funcionários do condomínio, moradores e funcionárias domésticas sejam ensinados sobre quais materiais são recicláveis e a importância de descartá-los limpos, evitando que sejam desvalorizados e que atraiam insetos.

Por fim, é necessário decidir quem realizará a coleta seletiva. Existem algumas opções: empresas particulares, prefeitura, cooperativas ou catadores autônomos. Como o preço dos materiais oscila muito no mercado, nem sempre é viável retirá-los no condomínio. Por isso, muitas vezes a contratação de uma empresa comprometida e pontual é a melhor saída para evitar possíveis dores de cabeça.

Artigo anteriorBenefícios da laranja para a saúde
Próximo artigo16 maneiras de reduzir o consumo de plástico
Alexandre Furlan Braz, 27 anos, graduado em bacharelado em Gestão ambiental pelo Centro Universitário Senac em 2009; Pós-Graduado pela faculdade ESPM em Gestão de projetos e liderança de equipes em 2012; Master em conforto ambiental pela ong ANAB em 2010; mais de 300 horas de cursos específicos em sustentabilidade e empreendedorismo. Em 2009 fundou o Instituto Muda, empresa esta, que trabalha com Gestão de Resíduos em prédios da cidade de São Paulo. A organização até o presente momento já ganhou 3 premiações internacionais e 2 nacionais certificado pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente) como referência nacional em educação ambiental para a Gestão de Resíduos, e teve como resultados: a implementação da metodologia em mais de 85 condomínios; conscientização e treinamento de mais 10.000 famílias, 30.000 pessoas; reciclagem de mais de 2.500 toneladas de material reciclável; geração de renda total de R$ 750.000,00 à 6 cooperativas de reciclagem da cidade de São Paulo beneficiando diretamente cerca de 100 famílias de cooperados e indiretamente, 400 pessoas.