Conheça a indústria Cellular Agriculture, onde uma das principais pesquisas é: como fabricar uma carne sintética similar à original. Previsão para popularização é para 2025
Um estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, aponta que sim, é viável a produção, comercialização e consumo de carne sintética – feita totalmente em laboratório -, evitando, assim, a criação e o consumo de animais.
Porém, desde a década de 1930 a ideia já era discutida: “Nós devemos escapar do absurdo do cultivo de frangos para comer seu coração ou sua asa, cultivando essas partes separadamente sob um meio adequado”, publicou Winston Churchill em 1931.
Clean Meat –Carne limpa e feita em laboratório
Desde 2013, empresas da Silicon Valley estudam como criar a carne sintética perfeita e, até mesmo, partes inteiras de bife, cordeiro etc. E, se parece estranho comer algo feito em laboratório, já adiantamos: a indústria, de acordo com a ABC News, está em polvorosa e em uma corrida para sua produção. Realmente, o futuro parece ser a carne sintética. Veja mais sobre este projeto aqui.
Universidade de Melbourne avança em pesquisas sobre carne sintética
Segundo divulgado, até o momento é possível “replicar” uma carne sintética similar ao hambúrguer. Uma complexa estrutura de células de musculares comprimidas, incorporadas em tecido conjuntivo, que conta com vasos capilares e sanguíneos, além de células de gordura. “O sabor da carne é composto por 750 componentes”, revelam.
A Cellular Agriculture Society (Sociedade da Agricultura Celular) começou, em março deste ano, a organizar o novo setor de agricultura celular dando legitimidade à indústria.
Carne Limpa: Carne real feita por meio de agricultura celular, sem uso de animais reais.
BioLeather: Feita por fermentação.
Neomnivore: Pessoas que consumirão apenas produtos da agricultura celular.
Neomnivorismo: A prática do consumo dos produtos feitos pela agricultura celular.
Você comeria carne sintética?
O CEO da Cellular Agriculture Society, Kristopher Gasteratos, acredita que a indústria de carne sintética é a segunda revolução industrial, agradando vegetarianos e veganos. Pessoas que só comem carne cultivada terão sua própria nomenclatura: “Neomnivores”.
Porém, existem grandes desafios: em 2013, o cientista holandês Mark Post conseguiu cultivar um hambúrguer em laboratório – sendo o primeiro no mundo todo -, com um custo elevado de $AU 400,000. Memphis Meats, uma das startups que estão investindo neste mercado, revela ter produzido carne de pato e de frango usando células tronco com o custo de $AU6,000 para fazer 1 kg de carne. Ou seja: muito dinheiro.
A previsão de Gasteratos até que é otimista: a carne sintética estará presente em mercados selecionados e com preço elevado em torno de 2020 e, para consumo de massa (e com preço mais acessível), em torno de 2025.
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