Existem muitas mudanças simples que podemos fazer no dia a dia para sermos mais ecologicamente corretos, inclusive quando cuidamos de nossos animais de estimação. É indiscutível que eles trazem muita alegria para nossas vidas, mas pesquisas recentes sugerem que nossos amigos peludos têm um impacto ecológico surpreendentemente alto.
Se você já tem experiência com pet ou ainda está dando os primeiros passos como petlover, aqui estão algumas sugestões para ajudá-lo a minimizar a pegada ambiental desses companheiros. Algumas dicas simples e sustentáveis podem ajudar a sermos tutores mais ecologicamente corretos.
Não compre, adote.
Adotar, em vez de comprar animais de raça, ajuda a reduzir as demandas ambientais da superpopulação e os maus-tratos. A Organização Mundial da Saúde estima que só no Brasil existam mais de 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães abandonados. Em cidades de grande porte, para cada cinco habitantes há um cachorro e, destes, 10% estão abandonados. Sempre vale a pena olhar esses animais que precisam tanto de um lar.
Brinquedos? Nem precisa comprar, o importante é brincar!
Pets são as melhores referências para nos mostrar que o simples também é divertido! Sabe aquela garrafa de plástico vazia que ia para o lixo? Ela pode virar um ótimo brinquedo. Bolas velhas, bichos de pelúcia, camisetas com nós como brinquedos de puxar são outras alternativas que deixam os peludos pra lá de entretidos!
Produtos ecológicos ou produtos eficientes? Ambos!
A hora do banho também deve fazer parte da rotina sustentável. É sempre mais recomendável a utilização de produtos de higiene biodegradáveis e com fórmulas de ingredientes naturais. Existem linhas produzidas com extratos 100% naturais, certificados e veganos, portanto, livres de crueldade animal.
Os tratamentos mais comuns para pulgas e carrapatos usam produtos químicos bastante agressivos e geralmente vêm em embalagens plásticas, todas prejudiciais ao meio ambiente. Em vez disso, você pode comprar repelentes naturais ou pode experimentar uma versão natural contra pulgas que pode ser aplicada diariamente. Basta misturar 1 xícara de água com 5 gotas de óleo de hortelã-pimenta, óleo de citronela, óleo de alecrim e óleo de eucalipto. Agite e borrife no pet. De toda forma, nunca é demais repetir: consulte o veterinário antes de tentar novos tratamentos.
Refeições balanceadas e meio ambiente equilibrado
Alimentos para pets com “qualidade humana” (que oferecem cortes de carne vermelha ou peixe preferido pelas dietas ocidentais) estão em ascensão no mundo todo, mas pesquisas sugerem que eles são responsáveis por cerca de um quarto dos impactos ambientais da produção de carne em termos de uso da terra, água, combustíveis fósseis, fosfatos e pesticidas. Para cães e gatos com dietas à base de carne, escolha alimentos com carnes de menor impacto, como frango, e tente ficar longe da versão bovina, cuja pegada de carbono excede em muito a de qualquer fonte.
Cenouras, couves-flores e brócolis são uma ótima alternativa de guloseimas naturais para pets sem restrição alimentar. De quebra, são bem mais saudáveis (e baratas!) que os petiscos processados.
Comprar alimentos avulsos, transportando-os em seus próprios recipientes reutilizáveis, é a melhor maneira de evitar embalagens. Caso contrário, tente encontrar alimentos com embalagens recicláveis ou compre a granel consumidos antes do prazo de validade.
Recolher os dejetos dos pets não é a coisa mais legal do mundo, mas é necessário.
As fezes dos animais de estimação podem transmitir doenças, poluir cursos de água e zonas costeiras através do escoamento. Ou seja, recolhê-las é super importante para um ecossistema saudável – além de ser um gesto de educação. Opte sempre por sacos biodegradáveis. Já existem até sacos compostáveis, feitos de fibras naturais em vez de fibras sintéticas, que levam cerca de três a seis meses para se decomporem totalmente.
Cantinho verde na hora do soninho
Dê preferência para modelos sustentáveis. No caso dos gatos, algumas camas têm um impacto ambiental significativo, porque são feitas com a argila de sílica, proveniente de mineração a céu aberto e destrutiva para o meio ambiente. Elas também têm sido relacionadas a problemas de saúde que respiram ou ingerem a poeira carregada de produtos químicos. Uma dica é fazer você mesmo a cama do seu pet. Tem uma caixa de plástico, madeira ou papelão dando sopa? Ótimo, então vamos de criatividade! É só pintar e forrar com uma almofada bem fofinha e voilá.. temos uma cama confortável e sustentável!
Incorporar a sustentabilidade no universo pet pode ser um desafio. Mas tudo é uma questão de hábito e pequenas mudanças, como uma simples substituição de produtos e materiais, ajudam a fazer uma grande diferença – para melhor e para todos. Essa diferença começa com cada um de nós. É só dar o primeiro passo!