Essas instalações simples e baratas são uma opção ecológica e inovadora para evitar o desperdício de água e a contaminação do meio ambiente.
No uso doméstico e diário da água, o banheiro é o campeão de consumo, responsável por 60% do total dos gastos. O vaso sanitário, sozinho, pode representar até 25% do que se gasta em uma residência. Este desperdício de água gerado pela descarga motivou a criação dos banheiros secos ou compostáveis, que promovem o uso racional da água e evitam a contaminação do meio ambiente.
Neste sistema, os encanamentos hidráulicos, que despejam os dejetos nos esgotos, são substituídos por câmaras que armazenam os resíduos durante o processo de compostagem. Depois de produzido – em um processo que leva até seis meses –, o composto é levado para um minhocário onde é transformado em adubo orgânico, que pode ser utilizado na agricultura.
Neste sistema, a descarga é abolida, o que evita o desperdício de água e a eliminação de resíduos nos esgotos, que contaminam a água. Para acelerar a compostagem e evitar o mau cheiro deve-se despejar serragem no vaso após o uso. As câmaras também contam com um duto de saída do ar para afastar os odores.
No caso da urina, o tratamento é feito por bacias de evapotranspiração, que utiliza plantas semi-aquáticas para absorver nutrientes e promover a evaporação do líquido.
Essa tecnologia, simples e barata, além de ser uma opção sustentável para construções modernas e ecológicas, também tem ajudado a melhorar a qualidade de vida de quem mora no semiárido nordestino. Enfrentando problemas com a seca e falta de acesso a redes de saneamento, comunidades da região estão recebendo as instalações ecológicas. Além dos benefícios ambientais, as novas estruturas proporcionaram uma significativa redução na ocorrência de doenças intestinais.