Problema em todo o mundo, o lixo em geral tem um impacto social e ambiental muito negativo – degradação do meio ambiente, poluição do solo e aumento no número de aterros irregulares estão entre os principais problemas. No entanto, alguns materiais são piores que os outros, como é o caso do plástico.
Feito a partir de derivados do petróleo, o plástico comum é composto por material sintético e leva de 40 a 200 anos para se decompor. Presente em nosso dia a dia nas sacolas de supermercados e garrafas, por exemplo, ele é considerado um inimigo.
Para solucionar um dos maiores problemas dos lixões, há quem considere o uso de um modelo diferente e natural: o plástico biodegradável (PHB). Composto por um material duro, ele é mais resistente e possui uma durabilidade maior.
Dentre suas utilizações, podemos destacar o uso em embalagens, na agricultura – lâminas de plástico que podem ser misturadas na terra com o composto e as sementes – e produtos medicinais – cápsulas que abrigam medicamentos e se desfazem no interior do corpo.
O produto se difere porque, como o próprio nome já sugere, pode ser degradado por micro-organismos (bactérias ou fungos) na água, dióxido de carbono (CO2) e algum material biológico. O tempo estimado para que isso aconteça é de 12 meses.
No entanto, é importante lembrar que, apesar de sustentável e de melhor para o meio ambiente, esse tipo de plástico requer condições específicas para poder degradar corretamente, que envolvem a temperatura e umidade.
Do que é feito o plástico biodegradável?
Os plásticos biodegradáveis são feitos a partir de fontes naturais, como óleo de milho, cascas de laranja, amido, entre outros. O processo de produção de plásticos biodegradáveis envolve a fusão de todos os materiais e, depois, a transformação em novos produtos, como garrafas e sacolas.
Há diversos modos de fazer PHB. Nos EUA, a fabricação é predominantemente realizada a partir do milho. No Brasil, o tipo de produção varia e há pesquisas constantes sobre o tema em diversas universidades e organizações.
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, por exemplo, descobriu uma forma simples de produzir PHB, também com cana-de-açúcar. Uma pesquisa pioneira revelou que ao fornecer uma alimentação balanceada às bactérias, para que elas se reproduzam, e depois retirar nutrientes e dar só açúcar, elas param de se reproduzir e só engordam, produzindo plástico.
Depois de feito isso, o processo é facilitado, já que basta que os pesquisadores separem e recolham a matéria-prima praticamente pronta.