Pode parecer uma ideia mirabolante, típica de filmes de ficção científica, mas, diante das dificuldades em encontrar planetas cujo ecossistema se assemelhe com o da Terra, muitos cientistas apostam na Terraformação como melhor saída caso nosso planeta entre em colapso.
Para quem não sabe, terraformação nada mais é do que modificar a atmosfera e temperatura de um corpo celeste sólido, ou seja, algum planeta vizinho, transformando ambientes antes hostis para humanos, em habitáveis.
Dentre as dificuldades encontradas para se criar uma biosfera planetária que copie a Terra, está o fato de pouco se saber sobre as consequências das mudanças na atmosfera, geologia, temperatura, geodinâmica e morfologia de outro planeta. Pouco investimento econômico em projetos voltados para a exploração espacial também está dentre as razões desta cara, porém, viável hipótese ainda não ser uma realidade.
Por uma questão de distância, dentre os planetas cogitados para abrigar a futura humanidade estariam os vizinhos Vênus e Marte. A desértica Vênus, no entanto, tem temperatura média de 400 graus Celsius, terríveis chuvas de ácido sulfúrico e pressão atmosférica 90 vezes mais pesada do que a da Terra, ou seja, o suficiente para esmagar e vaporizar o líquido do corpo de qualquer ser vivo. Muitas modificações em um único planeta, não?
Mudemos então para o gelado Marte: com temperatura que oscila entre zero e 80 graus negativos, este planeta de atmosfera rarefeita, quase não tem oxigênio. O excesso de radiação ultravioleta do Sol, tornando inviável a sobrevivência de organismos vivos, também é outro grande obstáculo em sua ocupação. Mas, apesar das dificuldades, a comunidade científica acredita ser viável aplicar a Terraformação em Marte, uma vez que, para este sonho tornar-se realidade bastaria que fosse possível aquecê-lo, aumentando sua temperatura e pressão atmosférica e, consequentemente, facilitando a produção de água no planeta, o cultivo de bactérias e a produção de oxigênio.