Ambiciosa e necessária, a nova meta estabelecida pelos governos do Acre e de Mato Grosso prevê o fim do desmatamento ilegal em seus territórios até 2020. O documento foi assinado pelos governadores de ambos os estados e pela Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
O pacto foi estabelecido em Paris, durante o Diálogos do Brasil, que aconteceu na 21ª Conferência das Partes (COP 21). Coordenados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), os debates fizeram parte da série de eventos paralelos da COP21.
Com o objetivo de promover o incentivo à adesão ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), a revisão dos planos de ação para prevenção e controle do desmatamento e a integração das bases de dados de processos de licenciamento, o documento estabelece a necessidade da colaboração para enfrentar o corte ilegal de árvores, as mudanças do clima e incentivar o desenvolvimento sustentável no bioma.
A medida também inclui o desenvolvimento de políticas coordenadas de preservação da biodiversidade. Além disso, o pacto permitirá o compartilhamento de serviços de inteligência e a realização de operações conjuntas de fiscalização. Para o Ministério, a medida atende a uma demanda de toda a sociedade pelo fim do desmatamento ilegal.
Brasil já pensa no período pós-2020
Desde 1997, quando foi firmado o Protocolo de Kyoto, que tem como meta diminuir em 5% as emissões de carbono com base nos dados de 1990, o Brasil tem criado medidas para garantir a redução e o impacto no meio ambiente. O Protocolo vigora até 2020, quando será substituído pelo acordo da COP 21.
No entanto, os brasileiros já podem comemorar porque as iniciativas não pararam no Protocolo de Kyoto. É que para o período pós-2020, o Brasil se comprometeu a reduzir 37% das emissões de gases de efeito estufa até 2025 e 43%, até 2030.
Para garantir que isso seja atingido, o governo federal pretende assegurar 45% de fontes renováveis e restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de vegetação em território nacional.