A energia geotérmica é obtida através do calor proveniente da terra, onde há reservas que são aquecidas pela proximidade com o magma, retendo o calor captado e aproveitado para a geração de energia elétrica.
Em alguns países, como as Filipinas e Nova Zelândia, a presença de gêiseres (nascentes termais que entram em erupção periodicamente, lançando assim uma coluna de água quente e vapor no ar) e a formação geográfica favorável faz com que a energia geotérmica represente 10% do total da matriz energética desses países e 30% no caso da Islândia.
As usinas geotérmicas funcionam de um modo semelhante às demais, com superaquecimento da água, provocando um vapor em alta pressão capaz de movimentar as turbinas ligadas aos geradores de eletricidade. Só que ao invés de utilizar combustíveis fósseis ou nucleares, essas usinas utilizam o calor vindo da terra.
No Brasil, a energia geotérmica é utilizada apenas na forma de água aquecida, como no caso dos parques termais de Caldas Novas (GO) e Poços de Caldas (MG).
Como o terreno brasileiro é bastante antigo, não possui formações que tornam possíveis as rochas derretidas ou magma estarem mais próximas à superfície. Sendo necessário mais trabalho, estrutura e gastos para atingir um nível considerado suficiente para a produção.
Porém, o Brasil possui as duas maiores reservas de água doce subterrânea do mundo: Aquífero do Guarani e Aquífero Alter do Chão. A temperatura dessas águas são classificadas como fontes geotérmicas de baixas temperaturas – entre 35o e 148oC –, podendo ser utilizadas para aquecimento de água em residências e sistemas de calefação. Porém, o último estudo completo concluiu em 1984 que o Brasil não possui o potencial necessário para produção de energia geotérmica.
Nos últimos anos, com base em novos dados preliminares, o tema voltou em pauta e o Brasil tem feito acordos com a Alemanha a respeito de fontes alternativas de energia, e a geotérmica está entre elas. O deputado Rogério Peninha Mendonça propôs, esse ano, a criação de uma Frente Parlamentar para fomentar incentivos governamentais na área geotérmica brasileira. Ele afirma que existem vários pontos no Brasil capazes de gerar energia com apenas 300 ou 400 metros de perfuração com auxílio de nanoestruturas que aumentam o armazenamento de calor, recentemente descobertas nos EUA.
A energia geotérmica anda a passos lentos e é bastante discutida mundialmente por conta de possíveis riscos de terremotos que podem ser provocados pela rachadura das pedras.