O jovem Eduardo Morais, filho de eletricista, sempre teve facilidade para entender como aparelhos eletrônicos funcionam. Esta proximidade fez com que ele começasse a cursar mecatrônica no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e logo percebesse que alguns materiais podem ter outras finalidades, como uma simples telha, que além de proteger as casas contra as chuvas, pode gerar energia elétrica. Tudo começou quando, em uma noite, ele decidiu observar a força dos ventos e percebeu como a energia eólica também poderia ser acoplada nas telhas e viabilizar a produção de energia elétrica nas residências. Foi assim que Eduardo desenvolveu um protótipo capaz de gerar até 80 watts de potência.
Para elaborar a telha eólica o jovem estudante contou com apoio e orientações do amigo Heitor Lustosa e do professor Antônio Cleidson, da EEFM Professor Paulo Freire, localizada no bairro Henrique Jorge, onde o projeto começou a ser desenvolvido. O sistema consiste em acoplar anemômetros – equipamento que mede velocidade dos ventos – e bobinas na telha. Dessa forma, quando o vento passa pelos aparelhos gera eletricidade que é transmitida para a central elétrica das casas.
Vantagens da telha eólica
O estudante de mecatrônica estima que essas telhas são mais econômicas que vidros fotovoltaicos. Para se ter uma média, um m² de telha eólica poderia alimentar uma lâmpada de 60 watts e uma de 20 watts. Em casas que já possuem a telha convencional, a vantagem é apenas adaptar o aparelho. Segundo Morais, em entrevista ao portal Tribuna do Ceará, “o metro quadrado de uma telha eólica está sendo avaliado em R$ 240, já o m² de uma fotovoltaica custa em torno de R$ 1.000”, por isso a vantagem do preço.
O estudante diz que o projeto é direcionado para famílias de baixa renda, pois pode render economia na conta de luz, além da energia eólica ser considerada uma fonte sustentável que reduz os impactos ambientais.