Em poucos lugares do Brasil o lixo orgânico recebe tratamento e consegue ser reaproveitado como adubo para plantações. No Distrito Federal esse desperdício vem sendo evitado dentro de uma usina de compostagem que fica na região administrativa de Ceilândia. A usina consegue produzir atualmente 25 mil toneladas de adubo orgânico por ano.
Paulo Celso Gomes, diretor do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU), explicou em matéria para a TV Brasil que faz parte da proposta do SLU a reforma das duas usinas de compostagem da região de Ceilândia para que o número de adubo gerado passe a 90 mil toneladas por ano. A reforma, já em andamento, representa a triplicação da produção e a redução de impactos ambientais que todo esse lixo causaria se fosse levado aos aterros.
A maior parte do material produzido é doada a pequenos agricultores e agricultores familiares e o resto é vendido a preços abaixo dos praticados no mercado. A usina recebe diariamente cerca de 400 a 600 toneladas de lixo. Trabalhadores de duas cooperativas fazem uma primeira triagem, os metais são separados com o auxílio de um imã e, por fim, o material restante é triturado até se transformar em uma areia fina que nada mais é do que o adubo.
O adubo orgânico, além de aliviar o lixo acumulado nos aterros, representa uma alternativa sustentável aos produtores que reaproveitam o material. Ele é rico em nutrientes necessários às plantações e pode substituir estercos e até mesmo os adubos químicos.