Golfinhos
Foto: Reuters

No último dia 21 de janeiro, 250 golfinhos, dentre eles 40 filhotes, foram capturados no vilarejo de Taiji, província de Wakayama, no sudeste do Japão. Alguns desses mamíferos não resistiram ao confinamento nas redes de pesca e morreram. Embora a atividade esteja prevista em lei, a ideia não foi aceita por Caroline Kennedy, embaixadora dos Estados Unidos, recém-nomeada no país asiático. Segundo Kennedy, trata-se de atividades desumanas. Já para o primeiro Ministro Shinzo Abe, a atividade faz parte da tradição e ainda ajuda na economia das atividades pesqueiras.

“Estou profundamente preocupada com as matanças desumanas de golfinhos por ‘drive hunt’. O governo dos EUA se opõe a este tipo de recurso pesqueiro,” disse a embaixadora em seu Twitter. O método consiste em conduzir esses animais marinhos em barcos a uma área em que não conseguem escapar. Nessa prática, muitos se machucam nas redes e chegam a morrer. Além disso, o procedimento compromete a proliferação da população dos golfinhos.

Em entrevista ao canal de notícias norte-americano CNN, Abe relata que os caçadores deste porto atraem os golfinhos até uma baía, matam alguns para vender a carne e vendem outros para parques aquáticos.

Em resposta à Kennedy, o porta-voz do governo japonês Yoshihide Suga, em entrevista para a Associated Press, disse que a captura desses animais acontece de forma apropriada e dentro da legislação de pesca. “A pesca é uma cultura tradicional em nos mares ao redor do Japão. Vamos explicar nossa posição aos americanos”.

Massacre aos golfinhos prejudica Japão

Golfinhos
Foto: EFE

A morte desses animais, que resulta no aumento das espécies em extinção não é um problema recente. Em 2010, o documentário americano “The Cove”, premiado com um Oscar, exibiu a matança dos golfinhos realizada pelos pescadores de Taiji. O vídeo deu impacto negativo ao Japão em questões ambientais e contribui para uma má reputação do país, visto que as autoridades insistem também na caça às baleias. Porém, manifestações de autoridades e ambientalistas não conseguiram reverter a situação, nem impedir este tipo de atividade no local.