Com a instalação de projetos fotovoltaicos que somaram aproximadamente 12 gigawatts (GW), a China ultrapassou o recorde mundial de investimento na energia solar em 2013. A informação compõe uma análise preliminar produzida pela Bloomberg New Energy Finance (Bnef), empresa provedora de dados, levantamento no qual é relatado que nenhum outro país conseguiu implantar mais do que 8 GW em sua matriz energética num só ano.
Em 2012 a China disponibilizava somente de 3,6 GW, porém, atualmente, conta com algo em torno de 15,6 gigawatts e planeja implementar outros 14 GW em 2014. O desempenho apresentado pela China no ano de 2013 corresponde a 28% das instalações mundiais, que somam 39 GW, e permitiu que o país superasse o mercado solar da Alemanha.
Concentrando projetos nas regiões mais ensolaradas, como Gansu, Xinjiang e Qinghai, a evolução muito se deve ao empenho das geradoras de energia estatais, como as corporações China Power Investment, China Three Gorges e China Huadian, as principais proprietárias de equipamentos fotovoltaicos do planeta. Para o desenvolvimento da tecnologia sustentável, houve um financiamento público que dava um yuan (cerca de 39 centavos brasileiros) para cada quilowatt-hora produzido.
A Bnef deve publicar sua análise completa no mês de março, porém, enquanto isso, alguns especialistas do setor energético apontam que a versão final do documento pode contabilizar outros 2 GW. O investimento em energia solar é uma forma de reduzir a emissão de gases poluentes e micropartículas de poeira (substâncias disseminadas por automóveis e usinas de carvão) e evitar o “arpocalipse” chinês.