A cidade de Concord, no estado norte-americano de Massachusetts, possui uma lei que proíbe a venda de garrafas de plástico pequenas, inferiores a 1 litro. A medida já está em vigor desde 1 de janeiro deste ano e os estabelecimentos que descumprirem a lei receberão multas de 25 dólares. Caso descumpram novamente, a multa aumentará para 50 dólares.
A ação faz parte de um processo para a diminuição do desperdício de água na cidade, na qual, há três anos, é feito um trabalho para encorajar o uso da água de torneira. A Lei proíbe somente a comercialização das garrafas de água, de outras bebidas ainda podem ser comercializadas.
Segundo ativistas norte-americanos, os EUA consomem 50 bilhões de garrafas de plástico pequenas, anualmente. Segundo a indústria, as garrafas de menor litragem são mais adaptadas à vida moderna, encorajando as pessoas a terem um “estilo de vida saudável”. Alguns moradores da cidade afirmam que a proibição não faz muito sentido, pois podem comprar as garrafinhas em cidades próximas.
Jean Hill, ativista que liderou a campanha em Concord, diz ter se inspirado a tentar essa mudança de comportamento da população quando seu neto lhe contou sobre a Ilha de Lixo que boia no Oceano Pacífico.
“O que eu estou tentando fazer com essa lei é aumentar as barreiras para a venda de garrafas de menor litragem. Para incentivar uma mudança de comportamento da população, você precisa colocar em prática medidas que desencorajem a venda de garrafas de água e, por outro lado, deem alternativas às pessoas”, completa Hill.
Não é somente essa cidade que está fazendo algo para diminuir a utilização de garrafinhas plásticas. Cerca de 90 universidades nos EUA, e tantas outras ao redor do mundo, restringiram a venda de garrafas plásticas em suas dependências, assim como em alguns órgãos públicos. Já a cidade australiana de Bundanoon, implementou em 2009, uma lei que proíbe a comercialização de quaisquer garrafas plásticas de água na cidade.