O uso abusivo da energia elétrica suscita maior cuidado e responsabilidade das pessoas com os recursos naturais. A produção de energia a partir de recursos fósseis é a principal fonte de emissões de gases que provocam o efeito estufa e consequentemente o aquecimento global.
A sociedade contemporânea é fundamentada no consumo energético e em seu cotidiano trata a energia elétrica como um recurso infinito, suprindo as necessidades diárias sem se preocupar com as consequências geradas em longo prazo. Porém, se não utilizada com cautela, a energia pode faltar e muitos poderão sofrer as consequências dos apagões que já atingem cidades brasileiras como o Rio de Janeiro, a concentração de gases poluentes nos aglomerados urbanos e as mudanças climáticas advindas do aquecimento global.
Consumo de energia no Brasil
Atualmente, 35,9% da energia elétrica produzida no Brasil é utilizada pela indústria; 30,1% pelo setor de transportes; 9,4% pelas residências; 4,4% pelo setor comercial e de serviços; 4% pelo setor agronômico e 8,9% são consumidos pelas próprias empresas geradoras de energia. Ou seja, a economia de energia doméstica deve ser uma em muitas atitudes que devem ser repensadas.
Matriz Energética Brasileira
A matriz energética nacional utiliza 44,1% de recursos renováveis, número que deve crescer com os incentivos governamentais, porém, ainda são utilizados mais de 50% de fontes fósseis para suprir a demanda energética da população. Até mesmo as energias “limpas” causam impacto ambiental, dentre elas a mais utilizada no Brasil, a energia hidroelétrica, que corresponde a quase 20% da produção nacional e é extremamente prejudicial à flora e fauna nos locais onde são instaladas as usinas, distantes dos centros urbanos, em meio a recursos naturais valiosos.
Consumo e economia de energia residencial
Adotando simples mudanças de hábitos é possível diminuir a conta de luz e ainda contribuir para a conservação dos recursos naturais do planeta.
● Um dos maiores vilões domésticos no gasto de energia é o chuveiro elétrico, representando quase 25% do consumo energético domiciliar. Durante o verão mude a temperatura do chuveiro para morno ou frio, se você mora nas regiões mais quentes do Brasil compre chuveiros com classificação “A” pelo Selo Procel. Diminua a duração do banho, 10 minutos são suficientes;
● Prefira eletrodomésticos com certificado de economia de energia, enquanto não forem utilizados, desligue-os completamente, as funções stand by consomem entre 15% à 40% de energia, mesmo com os aparelhos desligados;
● Não durma com televisores ligados, o consumo médio da TV representa 10% da sua conta de luz, use a opção de timer para programar o horário do desligamento;
● A geladeira representa 30% do consumo elétrico residencial, mantenha a geladeira e o freezer longe do fogão, em local refrigerado. Faça o desgelo mensalmente e evite abrir a porta múltiplas vezes durante o dia;
● Não deixe as luzes ligadas durante o dia, prefira a iluminação natural e gratuita do sol, pois, 20% do consumo mensal são provenientes da iluminação artificial. Use cores claras nas paredes e o forro sempre branco, as cores claras intensificam a claridade. Compre lâmpadas fluorescentes, que além de economizarem 60% de energia, ainda são super duráveis, tendo o melhor custo benefício se comparadas às incandescentes e as lâmpadas LED;
● Escolha um dia da semana para lavar e passar as roupas, pois o ferro consome 6% da energia elétrica residencial e, passando toda a roupa de uma só vez você poupa o tempo de aquecimento do aparelho. Aproveite para encher a máquina e utilizar o máximo de sua capacidade.
● Poupe energia nos horários de pico, entre as 18hrs e às 21hrs.
Outras atitudes que poupam energia
● Cozinhar com panela de pressão e com as tampas das panelas fechadas consome menos gás proveniente de fontes fósseis;
● Optar por escolas, trabalhos e outros locais próximos da sua residência diminui os deslocamentos, evitando o gasto de combustíveis, e claro, prefira o etanol ao invés da gasolina e transporte público ao invés do individual;
● Escolha produtos regionais de empresas com “selo verde”, além, de incentivar a contratação de mão de obra local, os produtos regionais gastam menos energia no transporte.