Em julho, o primeiro avião movido à energia solar ganhou destaque na imprensa mundial. A aeronave Solar Impulse cruzou os Estados Unidos de oeste a leste, e sem utilizar combustíveis fósseis. Desenvolvido pelos suíços Bertrand Piccard e André Borschberg, o avião de fibra de carbono, que pesa 1.600 Kg, viajou dois meses e percorreu mais de 5,6 mil quilômetros com uma velocidade média de 50 km/h. A viagem começou na Califórnia e teve como destino a cidade de Nova York.
No meio do caminho a aeronave realizou escalas nas cidades de Phoenix, Dallas/Fort Worth, St. Louis, Cincinnati e na capital Washington, para que os pilotos promovessem encontros políticos e aparições públicas para divulgar tecnologias limpas e a utilização eficiente da energia renovável.
A aventura deu à equipe informações valiosas sobre o desempenho da aeronave em diferentes tipos de clima. Um dos pontos a ser melhorados é a rachadura de 2,5 metros na tela que cobre a parte baixa de sua asa esquerda. Depois disso, já planejam para 2015 uma volta ao mundo com uma versão aperfeiçoada do avião.
Esse modelo abre espaço para a discussão da necessidade de buscar uma tecnologia limpa, para ser empregada em diversos setores. O processo de captação é feito por painéis solares, formados por células fotovoltaicas, que convertem a luz do sol em energia elétrica ou mecânica.
Normalmente, a energia solar é utilizada em locais mais isolados, secos e ensolarados. Mas pesquisas tem ampliado o campo para a implantação. Um exemplo é o revestimento de fachadas de edifícios com painéis solares. A principal vantagem desse tipo de energia é ser renovável e não poluir o meio ambiente.
Japão, Estados Unidos, Alemanha e Indonésia são alguns dos países que investem nessa alternativa energética. Já em Israel, aproximadamente 70% das residências possuem coletores solares. No Brasil, seu uso está crescendo de forma significativa em residências, para o aquecimento da água.