Até a década de 1960, o mercado petrolífero internacional era dominado por um grupo conhecido como as sete irmãs do petróleo. A história teve início em meados de 1928, quando as sete empresas firmaram o acordo Achnacarry. O grupo era composto pelas empresas: Exxon; Shell; BP; Mobil; Texaco; Gulf e Chevron.
Conhecido por controlar o mercado e impor baixos preços aos países produtores enquanto garantiam para si altas taxas de lucro, o grupo mantinha uma iniciativa insustentável, que fez com que países detentores de petróleo ficassem com dívidas absurdas, fomentou guerras civis e derrubou governos.
Além disso, essa exploração incessante do petróleo causou diversos danos ambientais, com a emissão de compostos tóxicos e de gases poluentes, além de resíduos sólidos, entre outros danos para o meio ambiente.
Foi nesse contexto que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) elevou drasticamente os preços do barril de petróleo nos anos 70, num processo ainda não satisfatoriamente explicado, uma vez que envolveu grandes interesses.
Para combater a situação, viu-se a necessidade de criar uma política petrolífera, que centralizasse a administração da atividade, o que inclui um controle de preços e do volume de produção, estabelecendo pressões no mercado. Surgiu, então, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), formada pelos países produtores de petróleo em 1960.
Mercado pós OPEP
No ano seguinte, em 1961, foi realizada uma conferência para definir três objetivos: o aumento da receita dos países membros, a fim de fomentar o desenvolvimento de cada um deles; aumento gradativo do controle sobre a produção de petróleo, para desbancar as multinacionais; unificação das políticas de produção.
A primeira medida prática tomada pela OPEP, no entanto, foi aumentar o valor dos royalties pagos pelas empresas transnacionais e cobrar delas um imposto.
Atualmente, as sete maiores companhias petrolíferas do mundo são empresas nacionais estatais ou semiestatais, que competem entre si e com as demais companhias petrolíferas. Hoje, essas empresas concentram 52% da produção petrolífera mundial e controlam 88% das reservas.