Lançado em setembro de 2011, o programa Bolsa Verde é parte do Plano Brasil Sem Miséria, desenvolvido e implementado pelo Governo Federal brasileiro. Oferece trimestralmente, às famílias beneficiárias, o valor de R$ 300 por seus trabalhos de conservação ambiental. Trata-se de um programa que alia o combate à pobreza ao cuidado com o meio ambiente, a partir de uma compreensão mais ampla do desenvolvimento sustentável.
Segundo a lei (12.512/11) que instituiu o programa, podem ser beneficiárias as famílias em situação de extrema pobreza que desenvolvam atividades de conservação nas seguintes áreas: florestas nacionais, reservas extrativistas e reservas federais de desenvolvimento sustentável, territórios ocupados por ribeirinhos, extrativistas, populações indígenas, quilombolas e outras áreas rurais definidas como prioritárias por ato do Poder Executivo.
Ainda segundo prevê a legislação, podem ser beneficiárias aquelas famílias com projetos de assentamento florestal, de desenvolvimento sustentável ou de assentamento agroextrativista instituídos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Em dezembro de 2013 os benefícios foram ampliados, estendendo-se também às famílias em estado de extrema pobreza que desenvolvam projetos de reciclagem de lixo, coleta seletiva e adequada destinação de resíduos sólidos.
Desta forma, a relação entre conservação ambiental e combate à miséria ganha uma face mais urbana, com o reconhecimento de que o lixo gerado, principalmente nas grandes cidades, também merece ser tratado como uma questão ambiental importante. E que as famílias envolvidas em sua coleta e reciclagem também têm o direito a benefícios voltados àqueles que, ainda que em estado de grande vulnerabilidade social, contribuem para a melhoria das condições do planeta.